Persona

Persona: João Fabrin, da Bodega ao conhecido Alambique de Carlos Barbosa

27/02/2017
Portal Adesso - Flávio Antônio Ballejo - Fotos: Flávio Antônio Ballejo
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     Na sessão PERSONA desta semana, um personagem conhecido de Carlos Barbosa e região. João Carlos Fabrin, proprietário do tradicional Alambique Restaurante Bar. Com seu jeito alegre e descontraído, Fabrin é o típico “Gringo”, que não faz cerimonias, muito menos manda dizer o que pensa. Acompanhe mais esta história do Portal Adesso.

     Funcionando há quase três décadas, um dos restaurantes mais procurados da Serra Gaúcha, e apontado pelos turistas como um dos melhores filé à parmegiana do Estado, o Alambique restaurante bar, tem em seu cardápio, diversa variedade de pratos simples, mas muito diferenciados para os clientes.

     Deixando de lado as receitas, vamos logo apresentar o folclórico Fabrin que não diz a idade, mas que nasceu em 17 de julho de 1959 em Carlos Barbosa, que na época era distrito de Garibaldi. Portanto, há 58 anos atrás nascia o proprietário do conhecido Bar Alambique.  Fabrin conta que a família sempre teve ligação com o comércio e foi daí que resolveu abrir no espaço que existe o restaurante hoje, um armazém. Logo depois, colocou uma lancheira na qual se desfez em 1988.  “Oque era para ser uma bodega, tornou-se um restaurante de referência e que atrai muitas pessoas”, diz o proprietário.

     João, acredita que cem por cento do sucesso do Alambique, se deve a sua mãe, dona Elzira de 84 anos, foi ela quem começou nas atividades no velho bar e jamais desistiu. Seu irmão “Luizinho”, chegou a cogitar o fechamento do estabelecimento, devido à pouca movimentação de pessoas. “Vamos apostar, pois um dia vai ter que dar certo”, afirmou João ao irmão, seguindo com os seus sonhos e objetivos.

     O nome escolhido ao local, fundado em 13 de dezembro de 1988, e que neste ano comemora 29 anos, foi escolhido por um grande amigo. Consultado por João, o jornalista Agostinho Fachini sugeriu o nome. “Eu perguntei para o Agostinho como deveria se chamar a nossa bodega e ele não respondeu na hora. Já no dia seguinte ele veio aqui e me disse: Bota Alambique”, lembra João.  Um pouco emocionado, o proprietário do Alambique Restaurante Bar lembra de momentos com o falecido amigo, dizendo que o jornalista tinha muita visão de futuro e que o encontrava diariamente.

     Com a entrevista rolando e a fome batendo, Fabrin revelou o segredo que conquistou os clientes pelo estomago. “O Alambique gira em torno do filé à parmegiana, nossa especialidade maior é este prato. O segredo está no molho e no tempero diferenciado, uma invenção da minha mãe”, conta João.

     Aos risos, Fabrin diz que tem um dom e isso faz com que o Alambique se destaque pelo atendimento. “Vem aqui um cara que eu nem conheço, nunca vi na vida e já faço amizade fácil.”, relata. Ele também contou sobre a vinda de um argentino. “Ele veio aqui porque um patrício dele tinha indicado o restaurante, disse que a comida era boa e que depois do jantar eu havia  levado o patricio para hotel. Perguntei se ele estava no mesmo hotel do amigo e ele me respondeu que sim. Então eu disse pra ele: Argentino, tu come bem ai, bebe tudo o que tem direito, que depois te levo pro hotel também porco can”, conta Fabrin com muita satisfação e com seu jeito de ser.

     Outra particularidade do Alambique é a coleção de garrafinhas de bebidas e lembranças doadas por amigos, que enfeita o balcão. Grande parte das miniaturas foram Doadas pelo amigo Raul Giacomoni (falecido), a quem João é eternamente grato.

     O funcionamento do local é de terças à domingos, das 19h às 23h, com a possibilidade de abrir futuramente ao meio dia, comenta o proprietário. Ao todo são treze colaboradores que auxiliam nos trabalhos, na preparação e atendimento, que conta com também com o filho Lucas, acadêmico de gastronomia, que futuramente, segundo o pai João, irá seguir com os negócios.

 

HISTÓRIAS DO FABRIN

     Ele não confirma se são verídicas, mas também não questiona. Porém, nas rodas de conversas de Carlos Barbosa e Garibaldi, sempre que alguém toca no nome do Bar Alambique e de seu proprietário João Fabrin, algumas histórias se destacam, ou seja, estão na boca do povo. Se são verdadeiras ou não ninguém sabe, mas o comentário é grande.

     A primeira delas, conforme contos populares, se passou com o empresário Clóvis Tramontina, presidente do Grupo Tramontina e grande amigo de João Fabrin. Contam, que um cliente ao chegar no bar, viu Tramontina degustando um prato diferenciado na casa, uma receita que não estava no cardápio. O cliente solicitou o mesmo prato de Clóvis a João e o proprietário do Alambique disse que não estava no cardápio. O cliente insistiu para que Fabrin fizesse o prato e Fabrin sem muitas delongas respondeu: “Olha, aquele prato nós preparamos para o Clóvis Tramontina, o dia em que tu tiver mais de 7 mil funcionários tu vem aqui que faço pra ti também”, respondeu o dono do Alambique ao cliente insistente.

     E a última história popular relacionada ao Alambique e a João Fabrin vem de um cliente chato que ao chegar no local sentou-se na mesa e a única coisa que fez foi reclamar. Reclamava do preço, reclamava do barulho, reclamou da toalha da mesa, e reclamou do cardápio.  Escutando tudo calado, João teria ficado quieto sem responder e por uns instantes deixou o cliente na mesa e se dirigiu até o balcão. Logo, João Fabrin estava de volta, puxou uma nota de R$ 100 do bolso e deu ao cliente, dizendo para ele ir jantar em outro local que melhor o agradasse. 

 

 

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