"Concorrentes, são outros", afirma ex-presidente da Agamóveis
A Associação Garibaldense das Indústria de Móveis e Afins (Agamóveis) completa 15 anos com a certeza de que a união de 24 pequenas e média empresas "concorrentes", em prol do desenvolvimento mútuo, gerou grandes resultados.
O primeiro presidente da entidade, Domingos Lazzari, recordou que a associação foi fundada em 2002, apoiada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comudes). "Na época, havia um projeto de revitalizar a economia com o intuito de organizar, planejar e discutir as situações de cada um para chegar a um objetivo de vitalidade. Hoje, somos em 24 associados procurando unir mais as empresas e tentando fortalecer o setor moveleiro de pequeno e médio porte", avalia o empresário.
Segundo o vice-presidente da Agamóveis, Adilson Menegotto, uma das ações que tem dado certo é a criação de catálogos conjuntos entre as empresas para que sejam entregues aos arquitetos. "Dentro da Agamóveis temos todos os segmentos para montar uma casa, desde o tapete, os móveis, a decoração e até o telhado", diz.
O marco mais importante da entidade é a Festa do Marceneiro, em que o profissional é prestigiado, justamente para que a profissão não desapareça. Além disso, a Agamóveis tem realizado visitas técnicas em grandes empresas para captar ideias. "Temos um grupo de comunicação no WhatsApp em que compramos e vendemos materiais. Trocamos contatos, emprestamos ferramentas e conhecimento", explica Menegotto.
Segundo Domingos, a grande quebra de paradigmas foi juntar 24 concorrentes e tornar uma única empresa. "No passado havia muita desconfiança nesse segmento. Com o passar do tempo as pessoas começaram a se olhar nos olhos e ver que concorrentes mesmo são outros", conclui.
A Agamóveis desenvolve suas atividades com apoio da Apeme, inclusive tendo como sede suas instalações.