Polícia

Justiça determina reabertura de inquérito no Caso Guilherme Corrêa

10/05/2018
Portal Adesso - Com Informações do Jornal Pioneiro - Foto: Arquivo

     A Justiça de Carlos Barbosa determinou o desarquivamento do inquérito policial sobre a morte de Guilherme Corrêa de Quadros, 20 anos. A decisão da juíza Cristina Margarete Junqueira atendeu a solicitação do Ministério Público, após a advogada Dinamara Lusa Tessaro, que representa a família do rapaz, apresentar novas evidências ao caso. Guilherme morreu em 19 de março de 2017 após se envolver em um acidente de trânsito na cidade.

     Para a Polícia Civil, ele morreu devido aos ferimentos do acidente daquela madrugada. A família, porém, não acredita nessa versão e sustenta que Guilherme foi assassinado

      Com isso, novas investigações deverão ser realizadas, levando em conta o laudo alternativo, apresentado pela advogada da família, Dinamara Lusa Tessaro.

     Segundo o laudo, a morte de Corrêa não foi causada pelos ferimentos decorrentes de acidente de trânsito, como alega a Polícia Civil de Carlos Barbosa. Mas sim, devido a agressões sofridas pela vítima, antes de embarcar em seu carro.

     No laudo, também constam nomes de testemunhas e, a identidade dos possíveis agressores de Guilherme. Todos os envolvidos no caso, eram menores de idade quando o fato ocorreu e, como a lei prevê a extinção da punibilidade de menores ao completar 21 anos, foi solicitada uma análise em caráter de urgência.

Entenda o caso

Guilherme era natural de Garibaldi e morreu no Hospital São Roque em Carlos Barbosa, após ser retirado do Fusca que dirigia. De acordo com o inquérito da polícia, ele deixou a Rua Coberta sozinho e colidiu o veículo primeiro contra um parquímetro na Rua Rio Branco, no Centro. Após, seguiu dirigindo até perder novamente o controle do Fusca e bater contra uma Saveiro estacionada na Rua José Raimundo Carlotto, no Vila Nova e na sequência atingiu a grade de uma residência na mesma rua. Socorrido, o jovem morreu pouco depois de chegar ao hospital.

A perícia oficial indicou que rapaz sofreu um ferimento profundo no pescoço causado pelo impacto contra o para-brisas do Fusca. A família não concorda com o inquérito e contratou uma investigação particular para comprovar que o rapaz foi agredido antes de colidir o veículo. O laudo não oficial indica que o rapaz morreu em virtude dessas agressões.

Segundo os investigadores particulares, as provas, testemunhas e análises de câmeras de vídeo apontam que o jovem sofreu as lesões que lhe causaram o corte profundo no pescoço antes de embarcar no Fusca. Ou seja, o ferimento foi produzido por uma garrafa, segundo a investigação particular. O corte levou à perda de sangue, e fez com que ele perdesse o controle do veículo e batesse contra a grade de uma casa.

 

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