Saúde

Falta de repasses do Governo pode restringir atendimentos no Hospital São Pedro

22/11/2018
Portal Adesso - Foto: Daniel Carniel/Portal Adesso

     Hospital de Garibaldi tem R$ 400 mil a receber do Governo do Estado. Atraso ocorre desde o mês de agosto. O atraso nos repasses do governo gaúcho aos hospitais filantrópicos tem gerado restrições no atendimento em diversas instituições em diferentes regiões do Estado.

     A Federação das Santas Casas lista 19 unidades com esse problema. A dívida com os filantrópicos atinge R$ 150 milhões, e com os municípios, chega a R$ 500 milhões, conforme a Federação dos Municípios do RS (Famurs). O governo diz que reprova a atitude de suspender atendimentos, e acrescenta que busca alternativas para a situação.

     Com dívidas que ultrapassam R$ 200 milhões, a Santa Casa de Rio Grande, no Sul do estado, decidiu terceirizar atendimentos, conforme anúncio feito nesta quarta-feira (21). O hospital tem restrição nos ambulatórios de traumato, neurologia, cardiologia, cirurgia oncológica e geral.

     Na cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, são três hospitais com restrições. Universitário (HU), Pronto-socorro (HPS) e Nossa Senhora das Graças (HNSG), este último, filantrópico. Somente emergências são atendidas.

     Em São Leopoldo, no Vale do Sinos, a prefeitura anunciou restrições na quarta-feira, devido ao acúmulo da dívida de R$ 8 milhões. Ficam suspensas, por tempo indeterminado, cirurgias e consultas eletivas no Hospital Centenário a partir desta quinta (22). Urgências e emergências também ficam restritas.

     Pelo interior do estado, outras diversas unidades de saúde anunciaram alterações. Em Garibaldi, o diretor do Hospital Beneficente São Pedro, Jaime Gnatta Kurmann, disse que o governo não está repassando valores dos programas SAMU/Porta de Entrada e Regionalização do Parto, sendo que a soma ultrapassa os R$ 400 mil.

     “Por enquanto estamos mantendo o atendimento e o pagamento das despesas está sendo feito com recursos do próprio hospital, porém, se esta situação persistir, teremos que paralisar algum atendimento e rever os serviços, pois não conseguiremos suportar sozinhos esta conta”, afirmou.

     Por enquanto, nenhum outro hospital da região suspendeu os atendimentos.

 

 

 

 

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