“Esta bosta de matéria!”. Foi com estes termos que a presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Carlos Barbosa, Lucilene Marchi (PDT), utilizou o aparte de outro colega para justificar o aumento que ela e a Mesa Diretora querem conceder aos servidores da Casa Legislativa. As palavras da vereadora, mostram o despreparo para presidir um importante poder do município e denigre a cidade de Carlos Barbosa, pois órgãos e profissionais da imprensa não podem ser ofendidos desta forma quando publicam matérias que desagradem políticos. 

     O motivo da ofensa proferida pela vereadora Lucilene, diz respeito a reportagem publicada no último dia 12 de março, em que a equipe do PORTAL ADESSO mostrou o projeto de autoria da Mesa Diretora que busca conceder aumento de 45% aos servidores da Câmara Municipal. 

     Com a aprovação do projeto, salário do secretário da Casa chegará a cerca de R$ 10 mil mensais, Assessor Jurídico R$ 8.891 e Técnica Legislativa R$ 9.045, pois também deverá receber os 45% de aumento no adicional por tempo de serviço.

     Nas ruas de Carlos Barbosa, a comunidade está totalmente contrária e indignada com o reajuste nos salários na Câmara. Nossa equipe esteve na calçadão barbosense ouvindo as pessoas. Antônio Sérgio, de 58 anos, morador do bairro Triangulo lamentou a atitude dos vereadores neste momento de crise que vive o país. “Estes políticos estão de brincadeira. Nós male mal conseguimos um troquinho para colocar gasolina no carro, não tivemos nenhum aumento na firma e eles querendo dar 45% aos funcionários da Câmara? É porque não sai do bolso deles”, disse.

     Ainda durante sua fala no aparte, a vereadora Lucilene Marchi também disse que “nenhum vereador de Carlos Barbosa necessita do salário da Câmara para sobreviver”, o que sou como um deboche para a população. Pois se os políticos não necessitam do salário, deveriam doar o que recebem mensalmente a comunidade. 

Aumento agora está nas mãos do prefeito Kirch

     Após ser aprovado por todos os vereadores, o projeto de reajuste de 45% aos funcionários da Câmara deve ser sancionado pelo prefeito municipal Everson Kirch (PP). Durante a semana, documento foi enviado para a prefeitura e o prefeito tem 15 dias para vetar ou aprovar o polemico reajuste. 

     Até o momento, ninguém da prefeitura de Carlos Barbosa se manifestou sobre qual decisão o prefeito deverá tomar. 

Assista a ofensa da vereadora contra a reportagem produzida pela equipe de jornalismo do PORTAL ADESSO