Agricultura

Frigoríficos gaúchos reduziram em 40% a produção de carne

Números indicam uma ociosidade frente à capacidade instalada das indústrias o que pode agravar a crise e gerar desemprego
05/05/2022
Portal Adesso - Foto: Divulgação

     A instabilidade na oferta de bovinos para abate vem comprometendo a indústria frigorífica gaúcha. Não apenas o processamento de volumes tradicionais para o mercado consumidor, mas também a estrutura das plantas e até as condições de empregabilidade nas unidades. De acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), o ideal seria um abate médio semanal de 55 mil cabeças, mas, atualmente no Rio Grande do Sul, esse volume está em 40 mil.

     Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen. “O nível de emprego está melhorando, a atividade econômica está começando a se movimentar, isso tende a influenciar positivamente no consumo de carne”, avalia Lauxen, sem arriscar projeções para os próximos meses. Segundo o empresário, os preços pagos pela carne aos pecuaristas mostram estabilidade, mas os frigoríficos têm dificuldades em repassar o aumento de custos de produção ao varejo. No Rio Grande do Sul, o preço do quilo vivo do boi gordo está hoje em R$ 11,33, e o quilo da carcaça, em R$ 22,06, de acordo com levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Ufrgs de 29 de abril.

     Do lado da oferta, Lauxen observa que o volume de animais para abate deve ser suficiente até julho. A tendência de terminação antecipada de animais alimentados a pasto, porém, poderá encurtar a entressafra, segundo o empresário. 



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