A 74ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves votou nesta segunda-feira (1º) duas matérias. A primeira, o Projeto de Lei (PL) de nº 82/22 proposto pelo vereador Edson Biasi (PP), dispôs sobre a inclusão do tema “Educação Financeira” nas propostas pedagógicas das escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas. 

     Aprovado por maioria de votos, o projeto prevê que o assunto seja aplicado no ano letivo subsequente ao da publicação da lei, que segue para sanção do prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira. “Este projeto vem para engrandecer o ensino da nossa cidade, que está entre um dos melhores país. É uma lei que vai levar para os jovens e as crianças um aprendizado a mais, para que eles possam valorizar o ganho do pai e da mãe em casa, valorizar o rendimento da própria família, fazendo com que tenhamos famílias mais estruturadas e com um gasto mais otimizado”, apontou Biasi. 

     O segundo assunto debatido foi a moção de apoio para aprovação do projeto de Lei federal 3723/2019, que está em tramitação no Senado, que trata sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição. Proposta pelo vereador Anderson Zanella (PP), a matéria foi aprovada por unanimidade de votos. 

     Dados da violência doméstica são apresentados

     Na oportunidade, a titular do Centro Revivi e Coordenadoria da Mulher, Patrícia Da Rold, apresentou o relatório dos atendimentos e encaminhamentos prestados às mulheres que sofrem violência no município referentes ao ano de 2021. 

     A explanação ocorreu de forma alusiva ao Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a Mulher. Patrícia explicou que em um comparativo com o ano passado, se nota um aumento nos atendimentos realizados pelo Centro Revivi. “Em 2021, foram 1592 atendimentos, este ano até junho totalizou 940. Visitas domiciliares, em 2021 foram 128, esse ano já chegou em 70. Busca ativa 5.108, neste primeiro semestre passou de 3 mil, ano passado foram contabilizados 3 feminicídios” pontuou.

     A Coordenadora observou ainda que são registrados vários tipos de violências sofridas pelas mulheres, e que a psicológica acompanha todas as demais. “Nenhuma mulher relata ter sofrido uma agressão física sem ter sofrido uma psicológica, ou seja, nenhuma relata ter levado um soco, pontapé sem antes ter sido ofendida, ameaçada, xingada. Então a violência psicológica é maior e ela está presente nas outras também que são a física, sexual, moral, patrimonial”, ressaltou Patrícia.