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E agora? Polícia Federal declara que vinícolas não tem ligação com trabalho escravo

No afã pela audiência, “Grande Mídia” denegriu a imagem das indústrias vinícolas da região e manchou o setor
19/03/2023
Portal Adesso

     Na última sexta-feira (17), a Polícia Federal realizou uma entrevista coletiva de imprensa para falar o que toda a comunidade da Serra Gaúcha já sabia: Nenhuma das vinícolas que tiveram seus nomes manchados pela grande mídia e por alguns grupos políticos faz parte ou tem ligação com o trabalho análogo à escravidão. A afirmação foi do delegado Adriano Medeiros do Amaral, que disse que a polícia não encontrou evidências de envolvimento das empresas no caso dos trabalhadores baianos que foram contratados por empresa terceirizada.

     Além disso, o delegado também afirmou que a operação segue e sete mandados de busca e apreensão foram feitos na busca por mais provas sobre o resgate de trabalhadores em situação similar ao trabalho escravo, no dia 22 de fevereiro.

     Até agora, a investigação resultou na identificação de seis suspeitos. Ao todo, nove armas foram apreendidas e recolhidas pelo Exército por estarem armazenadas em local inadequado. Ainda durante a coletiva, o delegado da Polícia Federal disse que foi identificado "um contrato de fornecimento de mão de obra por uma empresa terceirizada", no caso, a Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão em Saúde Ltda. 

Prejuízo à imagem

     As três vinícolas que contratavam serviços terceirizados pela empresa de Bento Gonçalves sofreram grandes danos em suas imagens. Grandes veículos de imprensa passaram semanas repercutindo o caso e dando a entender que a Cooperativa Vinícola Garibaldi, Cooperativa Vinícola Aurora e Família Salton tinham culpa, o que agora a Polícia Federal mostra que não existe nenhum envolvimento.

     Políticos de alguns partidos e representantes do MST – Movimento Sem Terra, utilizaram as redes sociais para propagar o ódio contra as empresas e contra os vitivinicultores da serra gaúcha. O MST inclusive danificou a fachada da empresa Salton em São Paulo e tudo isso também repercutiu na movimentação de turistas na região. Hotéis, restaurantes e atrativos turísticos no Vale dos Vinhedos tiveram reservas canceladas e o movimento baixou neste período. 

     Quem pagará a conta dos prejuízos financeiros e à imagem causados pelo afã da audiência? Vale lembrar que as três vinícolas investiam pesado em grandes veículos de imprensa do Rio Grande do Sul, muitas vezes, deixando os veículos da região (que as defenderam) de lado. 


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