Pela primeira vez na história do aeródromo de Garibaldi, o fluxo de aeronaves que pousam e decolam na cidade é intenso. Geralmente utilizada para voos particulares, taxi-aéreo, treinamento e aerodesporto, a pista que possui 1.200 metros de extensão recebe pilotos mais aos finais de semana, desta vez, as operações entre helicópteros, jatos, turboélice e aviões de pequeno porte já duram cerca de 9 dias. 

     O  tráfego carregado no espaço aéreo de Garibaldi se deve porque a cidade foi escolhida para ser o centro de recebimento de donativos na região da Serra. Com o aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre inundado e os aeroclubes da região metropolitana sem condições meteorológicas, a decisão de um grupo de pilotos que estão trabalhando na organização do socorro e também da Defesa Civil, foi de operar em Garibaldi. 

     Aqui, todos os donativos que chegam de diversas partes do Brasil são acondicionados, separados e enviados para os municípios atingidos em um raio de 60 quilômetros de Garibaldi. Os materiais chegam em aviões de pequeno porte e jatos e são distribuídos através de helicópteros, todos eles particulares de pilotos e de empresários que estão doando suas aeronaves para auxiliar nesta tragédia. 

     Nesta terça-feira (07), cerca de 30 aeronaves pousaram em Garibaldi, e contabilizando os voos que os helicópteros estão realizando, chega próximo a uma centena de pousos e decolagens em um único dia. Já o aeroclube de Bento Gonçalves estão sendo utilizado para as operações das aeronaves que atuam no resgate às vítimas. Diversos bombeiros de vários estados do Brasil estão atuando em Bento, principalmente nas áreas de Faria Lemos, Linha Alcântara e no vale do Rio das Antas.