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Pequena Júlia Cavagnolli não resiste e morre após 101 dias de internação

Moradora de Garibaldi, menina de nove anos faleceu nesta terça-feira (03) em Porto Alegre
04/09/2024 Em Garibaldi
Portal Adesso - Foto:Reprodução

     Após uma longa batalha contra o câncer,  a menina Júlia Cavagnolli, de apenas nove anos e moradora do bairro Chácaras, não resistiu a complicações da doença e faleceu nesta terça-feira (03). Ela estava internada a 101 dias no hospital de Clínicas de Porto Alegre, após receber transplante de medula do próprio pai no último mês de abril. 

     Em março de 2023, Júlia havia sido diagnosticada diagnosticada com Leucemia Mieloide Aguda, uma forma agressiva de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue. Desde então, sua vida e a de sua família se transformaram em uma luta diária pela cura. Diariamente, ela recebia transfusões de sangue e plaquetas e durante todo o tratamento, ela se manteve forte e lutando.  No último dia 24 de abril,  a menina deu mais um passo crucial em sua luta contra a leucemia: ela realizou um transplante de medula óssea. O procedimento, complexo e delicado, trazia consigo uma nova esperança de cura. O doador da medula foi ninguém menos que seu próprio pai, Lucas Cavagnoli.

    Desde o início do tratamento, a possibilidade de Lucas ser o doador foi cogitada. No entanto, por não ser totalmente compatível, os médicos deram início a uma busca em bancos de doadores, tanto no Brasil quanto no exterior. Um doador compatível foi encontrado em Israel, mas, devido à gravidade do quadro de Júlia e ao conflito que o país enfrenta, a família optou por realizar o transplante com a medula do pai. Após o transplante, Júlia ficou meses em recuperação e durante o período enfrentou intercorrências, mesmo assim, ela e a família seguiam com bravura na esperança da recuperação. 

     Uma vaquinha virtual chegou a ser realizada para auxiliar a família nos custos do tratamento e em setembro de 2023, foi arrecadado cerca de R$ 85 mil, pois ela precisava receber a medicação que custava R$ 45 mil a dose. O medicamento foi inserido no tratamento com a quimioterapia, na tentativa de zerar a produção das células cancerígenas na medula. Na oportunidade, Júlia estava internada no Hospital Geral, em Caxias do Sul, e precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, em isolamento.

     Nesta terça-feira (03), a batalha chegou ao fim, e Júlia faleceu no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O velório está ocorrendo na  sala A da Capela Nossa Senhora do Carmo e a cerimônia de despedida será às 10h desta quarta-feira (04), com  sepultamento no Cemitério Público Municipal de Garibaldi. Ela deixa o pai, Lucas Cassiano Cavagnolli, a mãe Josi Miguel e a madrasta Kelin Bedin.





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