Agricultores de Garibaldi participaram, na tarde desta terça-feira (13), de um Dia de Campo do Milho Troca-Troca, na área arrendada pelo produtor André Bortolini, na comunidade de Marcorama. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), com apoio da Prefeitura de Garibaldi, e reuniu cerca de 40 participantes.

     O engenheiro agrônomo João Villa, do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, falou sobre tecnologia de aplicação, a fim de que o produtor possa fazer uma aplicação segura (para a saúde, o meio ambiente e o controle de pragas) e eficaz, mostrando as questões de deriva — tamanho de gota e cobertura necessária para um bom controle. Ele explicou sobre as necessidades de diferentes calibrações de pulverizadores para as diferentes necessidades de controle de pragas, conforme o alvo biológico e o produto a ser aplicado, mostrando diversas pontas de pulverização e as consequências da variação de pressão de trabalho na pulverização.

     A engenheira agrônoma Tatiana Finato, da Emater/RS-Ascar de Garibaldi, explicou e demonstrou a forma correta de coleta de amostra de solo para análise. Ela também tratou dos benefícios do uso das plantas de cobertura do solo, tipos de plantas e densidade de semeadura indicadas, entre outros aspectos.

     Em outra estação, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Garibaldi, Henrique Thomas Queiroz, abordou as variedades de milho do Troca-Troca. Ele apresentou sete variedades cultivadas na área (sendo cinco do Troca-Troca), e falou sobre adaptação na região, altura da espiga, resistência a acamamento, entre outras informações técnicas para dar subsídio aos agricultores no momento da escolha da variedade que irão plantar no próximo ano. Queiroz também explicou sobre o funcionamento do Programa Troca-Troca atualmente, os benefícios que os produtores têm e as contrapartidas do Governo do Estado.

     Outro tema tratado no dia de campo pelo professor do IFRS, Raul Matos Araújo, foi o dos bioinsumos. Ele apresentou experimentos realizados na própria área do evento, com o uso do fungo Cordyceps javanica como inseticida biológico para o controle da cigarrinha-do-milho, aplicado em dois estágios fenológicos da cultura (V2 e V4). Também foi demonstrado o tratamento biológico das sementes, com a inoculação de bactérias promotoras de crescimento e fungos com ação nematicida. Além disso, Araújo destacou a variedade de milho de polinização aberta Catarina, desenvolvida pela Epagri, como uma alternativa de menor custo e boa produtividade, que permite ao agricultor guardar sua própria semente para plantios futuros.