Caravana formada por conselheiros, direção e funcionários lotou um ônibus para participar de reunião na assembleia legislativa nesta quinta-feira (14), na capital. Encontro reuniu representantes de 245 hospitais e Santas Casas do Rio Grande do Sul.

     O evento que ocorreu no auditório Dante Barone, foi transmitido também em outras quatro salas da assembleia, devido à lotação do local. Foram mais de 1.100 pessoas presentes, entre gestores públicos, dirigentes de hospitais e público ligado à saúde. Na oportunidade, o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Francisco Ferrer, relatou que, responsável por mais de 73% da atenção hospitalar ao Sistema Único de Saúde (SUS) no RS, as casas de saúde sem fins lucrativos não suportam mais a situação e veem esgotadas as suas condições para honrar compromissos com fornecedores, instituições financeiras e trabalhadores.

     Ferrer informou que o Estado deve R$ 72 milhões aos hospitais filantrópicos, referentes aos Programas de Apoio, dos meses de novembro e dezembro de 2015. Quanto aos serviços prestados e os Programas de Apoio de janeiro de 2016, ainda não têm data estabelecida para pagamento.

     O administrador do Hospital São Pedro de Garibaldi, Jaime Gnatta Kurmann, disse que mesmo sem receber recursos do Estado, o hospital aumentou em 25% o número de atendimentos no ano passado, porém, com a falta de repasse, será impossível manter o serviço: “Se persistir este problema não teremos mais condições de trabalhar e seremos obrigados a paralisar os atendimentos”, salientou.

     O Rio Grande do Sul conta com 245 hospitais filantrópicos, localizados em 220 municípios. Em 197 dessas cidades, são os únicos hospitais a atender a população. O sistema é responsável pelo atendimento de 72% dos usuários gaúchos do SUS.