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Duas marcas de leite são alvos de nova fase de operação do MP

05/07/2016
MP - Foto: Marjuliê Martini/MPRS
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     Cinco pessoas foram presas e um servidor de São Pedro da Serra foi suspenso do cargo. As empresas de laticínios Roesler e Campestre, sediadas em São Pedro da Serra, são alvos de nova fase da ofensiva do Ministério Público do Estado contra fraudes no leite.

     O produto fabricado na Serra também era vendido para as casas de queijos Calábria, de Caxias do Sul, e Nei Produtos Coloniais, de Novo Hamburgo. Cinco pessoas foram presas por envolvimento no esquema e oito mandados de busca e apreensão são cumpridos nas regiões.

     Foi detectada a presença de bactérias (coliformes fecais e staphyloccocus) e adição de água e amido de milho no leite para aumentar o volume. Além disso, exames apontaram o acréscimo de produtos químicos (água oxigenada e ácido sórbico) para prolongar a data de validade. O servidor público responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal de São Pedro da Serra foi suspenso do cargo por conivência com as adulterações.

     As ações deflagradas nesta terça-feira compõem a 11ª fase da Operação Leite Compen$ado e a 4ª etapa da Operação Queijo Compen$ado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco Segurança Alimentar — do Ministério Público do Rio Grande do Sul. As operações contam com apoio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Receita Estadual, Secretaria Estadual da Saúde (Vigilância Sanitária), da Brigada Militar e de fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

     Desde o início do trabalho, em maio de 2013, 66 pessoas foram presas, 151 denunciadas pelo MP e 16 condenadas pela Justiça por adulteração do leite e organização criminosa. As indenizações somam, até o momento, cerca de R$ 10,5 milhões.

 

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