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Esgoto na Barragem: Corsan diz que não será possível implantar o sistema

09/09/2013
Jornal Novo Tempo

     A Companhia Riograndense de Sane­amento (Corsan) diz que não será possível cumprir as metas para implantação de sistema de esgoto apresentadas pelo Município na proposta de renovação de contrato. A afirmação foi do superintenden­te regional da Corsan, Alexander Pacico, durante a primeira reunião para discutir a minuta do novo contrato.

    No encontro, realizado na última segunda-fei­ra (2), a comissão formada por representantes da Companhia e membros dos Poderes Executivo e Legislativo, Con­selho Municipal do Meio Ambiente, CIC e Apeme, Pacico ressaltou que os prazos e o cronograma de obras não são viáveis técni­ca e financeiramente.

     O pré-contrato, que prevê a manu­tenção do abastecimento de água e inclui o tratamento de esgoto, além de um cro­nograma de metas e investimentos, foi entregue ao presidente da Corsan, Tar­cisio Zimmermann, em 14 de agosto. “O cronograma prevê obras já em 2013. Mas ainda nem houve a renovação do contrato. Então, além da necessidade da assinatura do contrato, será necessário tempo para a elaboração de projetos executivos e para obtenção de financiamentos”, enfatizou o superintendente. Ele acredita que, havendo o acerto entre Município e Corsan ainda neste ano, as obras de implantação de rede de esgoto iniciem em 2015 ou 2016.

     Ao final do encontro, ficou definido que a Corsan vai apresentar uma proposta de metas que possa ser viabilizada, além de realizar, juntamente com técnicos da Prefei­tura, uma avaliação das Estações de Trata­mento de Efluentes (ETEs) existentes para verificar se é possível investimento para seu funcionamento efetivo ou qual é a melhor alternativa para o tratamento de esgoto na cidade. Um novo encontro acontece no dia 23 de setembro, quando estas informações já devem ser apresentadas.

     “A meta apresentada prevê 42 quilôme­tros de rede de esgoto implantadas por ano. Isso representa 3,5 mil metros de canaliza­ção linear por mês. Na geografia que temos aqui é impossível executar tanto neste perí­odo, até porque, imaginem como ficaria a cidade com tantos buracos abertos ao mes­mo tempo”, enfatizou o engenheiro da Cor­san, André Finamor.

     O engenheiro também destacou que a Corsan prevê a implantação de uma grande ETE e que esta obra pode ser iniciada antes mesmo dos investimentos em canalização para o esgoto sanitário. Pacico comple­mentou que a minuta do contrato não deve apresentar grandes alterações, somente o cronograma de ações terá a necessidade de maiores revisões.“O que estamos fazendo vai mudar a vida desta cidade nos próximos 25 anos. A comunidade elegeu o prefeito e o prefeito elegeu os senhores para que decidam o fu­turo do abastecimento de água e tratamento de esgoto de Garibaldi”, finalizou Pacico.

 

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