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Greve dos Correios pode prejudicar entregas na região

12/09/2013
Agência Estado

     Os trabalhadores que integram o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect/RS) preparam um ato para o final da manhã desta quinta-feira em frente à sede da empresa na rua Siqueira Campos, no Centro de Porto Alegre. Conforme o sindicato, ainda não há números sobre o impacto do movimento, mas como a paralisação atinge oito estados, entre eles São Paulo – onde grande parte da correspondência se concentra – a paralisação deve prejudicar as entregas no Estado.

     Após o ato no Centro da Capital, os servidores vão definir os rumos da paralisação. Um balanço sobre o primeiro dia de greve deve ser divulgado no final da tarde, mas o Sintect/RS já considera grande a adesão dos trabalhadores. Em assembleia da categoria realizada na noite dessa quarta, os funcionários decidiram iniciar a paralisação por tempo indeterminado. A classe está em campanha por 47,8% de reajuste salarial - considerando a reposição da inflação, recuperação das perdas históricas e aumento real; aumento linear de R$ 200; contratação de 110 mil trabalhadores em todo o País; manutenção do plano de saúde da categoria, fim das terceirizações, entre outras reivindicações.

 

Oito estados entram em greve

     Além do Rio Grande do Sul, outros sete estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pernambuco e Paraíba – decidiram paralisar os serviços. Os Correios informam que estão adotando ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população.

     Por meio de nota oficial, a assessoria de imprensa da empresa reforça que, "somente após o início do expediente, poderá ser verificada a adesão à paralisação, por meio do ponto eletrônico". Mas, se for confirmada grande adesão à paralisação, serão colocadas em prática medidas do Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede. "Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias", diz o texto.

Quanto às reivindicações da categoria, a ECT informa que o Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014 está em processo de negociação com as entidades sindicais e que o diálogo continua aberto, o que não justificaria, na avaliação da empresa, a paralisação. Os Correios ofereceram reajuste de 5,27% sobre salários e benefícios.

 

 

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