Após 108 anos, jornal Correio Riograndense deixa de ser impresso
Um dos primeiros jornais do Estado que começou ser impresso em Garibaldi no início do século passado chega ao fim. De circulação semanal em todo o território nacional, com linha editorial voltada a agricultura familiar, religião, comportamento, meio e ambiente, com linha clara em defesa da vida circula com sua última edição impressa nesta quarta-feira (08).
A partir de hoje, as edições poderão ser conferidas pelos leitores apenas na plataforma online (www.correioriograndense.com.br). Inclusive, a última versão em papel contará com 20 páginas, todas dedicadas à história do periódico. A trajetória do Correio Riograndense, pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, remete a 1909, quando as edições eram publicadas em língua italiana, com o nome de La Libertà. À época, o jornal era editado pelo sacerdote diocesano, padre Carmine Fasulo, conforme relato histórico no site do jornal.
Com pouco tempo de vida e ameaçado de fechar, o semanário foi adquirido pelo pároco de Garibaldi, para onde transferiu a tipografia e a redação, trocando o nome para Il Colono Italiano.
Já em 1917, frei Bruno de Gillonnay adquiriu a tipografia e redação, dando-lhe novo título de La Stafetta Riograndense. Em 1941, com a proibição dos jornais em língua estrangeira, o semanário começou a ser publicado em português, com o nome de Correio Riograndense.
O Correio permaneceu em Garibaldi até 1952, quando houve a transferência para Caxias. Nesse mesmo período foi criada a Editora São Miguel, sediada no bairro Rio Branco.
Para adequar-se ao meio digital, o veículo ganhará não só novo formato, mas também nova linguagem e conteúdo diferente do que hoje encontra-se no impresso. O site será mais pautado por notícias .
Na visão dos Capuchinhos, o Correio Riograndense, como impresso, cumpriu sua missão, acompanhou e fez história. Agora, deve continuar sua trajetória fazendo uso das novas tecnologias que se impõem no universo da comunicação, sempre em transformação.