Que a internet e as plataformas digitais são os meios de comunicação de maior audiência que existe na atualidade todo mundo sabe, porém, atingir um grande número de pessoas através de conteúdo segmentado nem sempre é fácil. Se por um lado, a pandemia fez com que pela primeira na história a romaria de caravaggio fosse feita diferente, por outro, mostrou um novo caminho a ser seguido  que insere a internet como meio de aproximação entre o santuário e os fiéis.

     Conforme foi divulgado pelos organizadores da romaria, a edição de número 141 encerrou com números históricos de acessos, e quebrando todos os recordes de audiência e engajamento nas plataformas digitais do Santuário. De acordo com a reitoria do Santuário, em Farroupilha, os números ultrapassaram a marca de mais de mais de 1,5 milhão de acessos nas redes sociais. Ainda de acordo com a organização, para se ter ideia da dimensão, este é o número de visitantes que costuma visitar o Santuário em um ano. Além dos mais diferentes estados brasileiros, o conteúdo teve audiência em países como Portugal, Itália, Angola, Estados Unidos, Paraguai e Argentina.

     O reitor de Caravaggio, padre Gilnei Fronza, disse que apesar do local estar vazio, a coerência e a prioridade do cuidado ao próximo falaram mais alto. “É claro que este não é o formato ideal. Ver a igreja vazia, distante fisicamente dos nossos fiéis, nos provoca certa dor e reflexão. Mas ao concluirmos esta romaria, fica a certeza de que fizemos o mais coerente. As pessoas não estiveram conosco só porque foram impedidas, mas sim porque precisaram cuidar de si, dos outros, de todos”, explica.

     Em 141 anos de festividade, esta foi a primeira vez que o santuário não recebeu fieis, em razão das medidas de isolamento provocadas pela pandemia de coronavírus. “Se é verdade que o Santuário físico ficou vazio, é verdade também que o Santuário virtual ficou pleno porque as pessoas nos acessaram. As pessoas estiveram conosco. Nós que celebrávamos aqui no Santuário tínhamos a consciência de não estarmos sós, e as pessoas que rezavam conosco também tinham essa certeza: não estamos sós”, afirmou  padre Gilnei.