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Trabalhadores safristas são encontrados em condições de escravidão em Bento

Contratados para a colheita da uva, eles dormiam no chão de um aviário desativado em Linha Zemith em meio a ratos
11/02/2021
Rádio Difusora 890

     Trabalhadores que foram contratados para a safra da uva estavam vivendo em condições análogas à escravidão, em um antigo aviário, na Linha Zemith, no interior de Bento Gonçalves. O espaço foi desativado por Fiscais do Ministério do Trabalho, com o apoio da Força Tática da Brigada Militar, na tarde desta quarta-feira (10). As denúncias dão conta que os safristas estavam dormindo dentro de um aviário abandonado, em meio a ratos e outros animais peçonhentos.

     Eles informaram aos fiscais que foram contratados por um valor em dinheiro e a promessa de hospedagem durante o período de colheita, porém, o que se encontrou foi um lugar degradante. No local foi constatado que os homens não tinham onde sequer tomar banho, após um dia de trabalho nos parreirais. Sem banheiro ou chuveiro no local, a higiene pessoal e as necessidades fisiológicas estavam sendo feitas nas águas do Arroio Pedrinho.

     No aviário, havia uma geladeira velha, porém em precárias condições e nem com capacidade para gelar água. Como alimentação, os homens recebiam arroz e restos de frango. O dormitório era no chão do aviário. No total eram quatro trabalhadores, porém, um deles, que ameaçou fazer a denúncia, foi expulso do local ainda na terça-feira (09).

     O dono do aviário, responsável pelo espaço e contratação dos safristas foi notificado e terá que prestar explicações sobre o caso.



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