Política

Presidente da Câmara de Bento quer que população grave professores contrários a volta das aulas

Rafael Pasqualotto sugeriu filmar professores que não querem a volta da aula, mas passeiam pela cidade e supermercados
24/02/2021
Portal Adesso - Foto: Reprodução

     A polêmica da semana em Bento Gonçalves diz respeito a um pronunciamento feito pelo presidente da casa durante a tribuna da segunda-feira (22), na sessão ordinária da Câmara Municipal. Rafael Pasqualotto,  que é favorável ao retorno das atividades nas escolas do município, disse que a população de Bento deveria filmar os professores contrários ao retorno das aulas e se recusam a voltas às salas de aula, mas no entanto são vistos nas ruas e em estabelecimentos comerciais.

     “Assim como cada um dos senhores são fiscalizados e vigiados, sabe o que tem que começar a fazer, que é politicamente incorreto? É pegar alguns professores, não estou falando de todos, somente aqueles que não querem retornar e que dizem que é perigoso, e filmar quando estiverem indo no mercado, quando estiverem indo na praça, no aniversário, no casamento. Vamos ver se ele realmente está cumprindo [o isolamento]”, afirmou.

     Ele ainda questionou as medidas de segurança no combate ao coronavírus. “Se está aumentando o nível de internação, então eu começo a duvidar até da máscara, até dos protocolos, eu começo a duvidar se não estamos em um frenesi, em uma loucura, que alguém tem que parar e dizer: o vírus não é de 2020, sempre existiu, sempre conviveu com a gente e sempre vai existir, com chinês comendo sapo, com fulano pegando vampiro”, afirmou. 

     O presidente da Câmara também disse que a política está servindo para dificultar a vida das crianças e trabalhadores. “Tem muito professor querendo voltar. Tem muita gente usando política, usando Bolsonaro, usando governador. E a criança e o pai que precisa trabalhar está neste fogo cruzado. Está na hora de cumprir com o juramento quando se formou. É impressionante, as pessoas se formam e depois reclamam daquilo. É como jogador de futebol entrar em campo e reclamar do suor. É querer ser vereador e não querer ser criticado. É fazer um juramento e ter medo de dar aula. A criança está precisando. Isso é horrível para a vida educacional, pedagógica, didática dela. Educação é serviço essencial”, completou. 





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