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Morador de Bento é o primeiro da fila de transplantes de pulmão no RS

Eduardo Lazzarini realiza tratamento contra a fibrose cística, que atinge diversos sistemas, incluindo o respiratório
23/09/2021
Portal Adesso - Foto: Divulgação

     O bento-gonçalvense Eduardo Lazzarini, de 30 anos, é o paciente número um da fila de transplantes de pulmão no Rio Grande do Sul (RS). Desde os três meses de vida, quando foi diagnosticado, ele realiza tratamento para amenizar os sintomas da fibrose cística, uma doença genética, crônica e progressiva, que afeta diversos órgãos.

     A rotina de cuidados é intensa desde o diagnóstico da doença e inclui nebulizações três vezes ao dia, fisioterapia e exercícios que ajudam a eliminar a secreção produzidas pelo pulmão. Mas mesmo seguindo as orientações médicas integralmente, Lazzarini precisou se adaptar à progressão da doença e a consequente perda de capacidade respiratória com o tempo.

     Há dois meses, Lazzarini está internado no Hospital das Clínicas, em Porto Alegre, onde recebe tratamento enquanto permanece ligado a um aparelho de oxigênio e aguarda um doador compatível. “Eu sei que depois do transplante minha vida vai mudar bastante. Vou voltar há anos atrás, quando eu tinha fôlego para respirar melhor, caminhar. Não preciso muito mais do que isso. São coisas simples, como estar perto dos amigos, estudar, trabalhar. Isso já será uma vitória”, descreve.

Setembro Verde e Setembro Roxo

     Neste mês, coincidentemente, duas campanhas são realizadas de forma simultânea e Lazzarini está diretamente ligado a ambas. A primeira é o Setembro Roxo que busca a conscientização sobre a Fibrose Cística. “A falta de informação às vezes atrapalha. Algumas pessoas se afastam por medo de que a gente transmita a doença, mas isso é impossível”, avalia Lazzarini.

     A outra é o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos. “É importante lembrar que cada pessoa pode salvar até 8 vidas. Eu sei que é um momento de luto, perda de uma pessoa querida. Mas na dúvida, diga sim. Não é um assunto tão bom de conversar, mas diga para sua família que é doadora de órgãos. Quem receber esses órgãos vai renovar as energias e continuar com a esperança de realizar os próprios sonhos”, completa.



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