Para os analistas políticos, a ampla vitória de Sérgio Chesini neste domingo mostra que a comunidade e os eleitores da cidade de Garibaldi não compactuam com certas práticas e formas de fazer política. Em resumo não foi o Partido dos Trabalhadores de Sandro Garda que perdeu às eleições suplementares. Aliás, o PT fez mais voto desta vez do que da última vez em que participou do pleito em 2016. Mais uma vez, assim como em 2020, a grande derrota foi do MDB que foi quem ingressou com ação na justiça pedindo a cassação do prefeito Alex e que  alguns integrantes da sigla tem trocado os pés pelas mãos ofendendo na Câmara de Vereadores ou até plantando mentiras na comunidade.

     Em uma cidade ordeira, de um povo trabalhador e correto, disputas políticas devem ser feitas com respeito e baseada em propostas, não vitimísmo e acusações. O caso do rastreador supostamente colocado no carro do ex-prefeito Antônio Cettolin (MDB) não trouxe nenhum prejuízo eleitoral a coligação de Antônio Fachinelli em 2020, pelo contrário, fez com que a chapa de Alex Carniel e Sérgio Chesini perdesse votos. 

     Porém, a coligação derrotada achou que entrando na justiça e afastando Alex Carniel que vinha fazendo um bom trabalho com apoio da comunidade, poderia vingar a derrota e até retornarem à prefeitura, local em que permaneceram por 16 anos. Mesmo o juiz de Garibaldi e o promotor de justiça achando que não ocorreu nenhum crime eleitoral nas eleições de 2020 e arquivando o caso, o MDB recorreu, e o imbróglio jurídico persistiu, sendo que em menos de um ano, Garibaldi teve três prefeitos. Mesmo em silêncio, o povo de Garibaldi desaprovou a atitude.

     A comunidade também não gosta de vereadores que só usam a tribuna para ofender e atacar pessoas, principalmente com mentiras. Este descontentamento foi mostrado nas urnas e mesmo que o MDB tenha feito cartinha se justificando e muitas lideranças passaram semanas fazendo campanha indo de casa em casa pedindo para votar no candidato do PT ou em branco ou nulo, o resultado mostrou que eles não tiveram nenhum êxito. O crime cometido contra o jornalista Daniel Carniel que segundo a polícia foi a mando do braço direito do ex-prefeito Antônio Cettolin também repercutiu nas urnas. O povo de Garibaldi não compactua com crimes, principalmente praticados a mando de políticos ou pessoas ligadas a eles. 

     O silencio do MDB de Garibaldi com relação ao caso, teve reflexos nas urnas. Urnas estas que também mandam um recado: “Garibaldi não tem dono, quem decide quem senta na cadeira de prefeito é a comunidade e não a vontade de alguns políticos sedentos pelo poder”.