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“A Luiza era quase uma pessoa da família”, diz advogado sobre idosa localizada em Garibaldi

Flávio Koff disse ainda que denúncia deve ter sido feita por pessoa não contratada pelo hotel
04/02/2023 Em Garibaldi
Portal Adesso - Foto: Arquivo Pessoal/Koff Advogados/Divulgação

     Devido à grande repercussão do caso sobre uma idosa de 73 anos que estava desaparecida e foi localizada pela família pós 44 anos em Garibaldi no último dia 31 de janeiro, o advogado dos proprietários do Hotel Pieta, Dr. Flavio Green Koff, veio a público se manifestar sobre o caso. De acordo com Koff, a história real desta idosa é de que o Hotel Pieta, onde ela foi localizada, em nenhum momento mal tratou ou fez qualquer coisa contra a idosa que lá vivia. 

     Segundo Koff, todos a chamavam de Luiza, mas o nome real não foi divulgado pela polícia. “Esta senhora veio morar em Garibaldi nos anos 70, quando possuía 19 anos de idade. Quando chegou, ela trabalhou em outro hotel da cidade. Já em 1990 até o ano 2000, ela foi funcionária do Hotel Pieta, sendo contratada pela fundadora, Dolfina Pieta. O hotel é da família desde 1951. Depois, o contrato da mulher foi encerrado, mas, ela não queria sair da cidade e não tinha para onde ir”, relatou. 

     O advogado também disse que a proprietária do hotel (já falecida), deixou Luiza morar no hotel por alguns anos e os herdeiros não sabiam o que fazer com ela, pois ela não falava sobre a família, ninguém sabia e muito menos imaginava que ela estava desaparecida. “A Luiza foi acomodada em um andar superior, porém, como havia escada e ela chegou a cair em uma oportunidade, fizeram um quarto para ela no térreo”, disse Koff. 

     Nos últimos 23 anos, a idosa não trabalhou no hotel, mas era sustentada pela família Pieta. Como ela não queria ir embora do local e também não possuía documentação, ela foi permaneceu ali. No quarto, ela tinha uma cozinha, onde preparava o próprio alimento, quando não queria se alimentar no hotel. Muitas vezes, para comprar alimentos, produtos de higiene e farmácia, os proprietários do hotel auxiliavam a idosa com dinheiro. 

     Entre os funcionários do hotel, todos conheciam a idosa e conforme o advogado, todos afirmam que ela era muito bem tratada. A suspeita de Koff, é de que a denúncia anônima, que gerou a localização de Luíza e a devolução para a família, deve ter sido feita por uma pessoa que trabalhou pouco tempo no hotel e após o período de experiência não foi contratada, sendo que resolveu fazer uma falsa denúncia de maus-tratos. 

     “A administradora do hotel foi até a delegacia, pois solicitaram para ela ajudar a convencer a idosa a voltar para Cachoeirinha com a família, já que ela se negava a ir. Quando a administradora do hotel chegou, Luiza correu para os braços dela, pedindo que não deixasse ser levada embora. Se ela tivesse mal tratada, não faria isso”, destacou Flávio Koff. 

     Após ser convencida, a idosa de 73 anos retornou com a família para Cachoeirinha. O advogado ainda afirmou que não teve acesso ao inquérito e por enquanto, vai aguardar para se manifestar mais sobre o caso.  A família Pieta, ainda não foi chamada para prestar depoimento.




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