O promotor de justiça de Garibaldi, Dr. Paulo Adair Manjabosco, disse em entrevista ao Portal de Notícias ADESSO, que o Ministério Púbico segue com a investigação que envolve o ex-secretário de obras e ex-chefe de Gabinete do ex-prefeito Antônio Cettolin (MDB), Micael Carissimi.

     Micael, além de acusado de ser o mandante do atentado contra o jornalista Daniel Carniel em 2022, foi também indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva e por supostamente integrar organização criminosa. Em operação realizada em 2018, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-chefe de gabinete de Cettolin, a quantia de R$ 172,5 mil reais. Uma parte do dinheiro estava no carro de Micael e outra parte dentro da casa. Todo o dinheiro era acondicionado em envelopes da empresa Concresart Tecnologia em Concretos LTDA.

     De acordo com o promotor de justiça de Garibaldi, o Ministério Público ainda aguarda informações complementares da Polícia Federal para iniciar possível ação penal. “Esta investigação está em curso e não foi concluída porque a documentação que veio da Polícia Federal, foi detectada a falta de alguns elementos de prova justamente para trazer o cenário mais completo para que o MP possa concluir qual o enquadramento mais apropriado “disse Majabosco. O promotor disse ainda que assim que estas informações complementares chegarem ao MP, a fase de investigação será concluída. 

     Se condenado pelo crime de corrupção passiva, conforme o Art 317 do Código Penal, Micael Carissimi poderá ter uma pena de dois a 12 anos de prisão. Já para o crime de Organização Criminosa a pena é de três a 8 anos de prisão mais multa. Já na outra acusação que o político ligado ao MDB é citado, a justiça marcou a primeira audiência. Além de Micael Carissimi, que é acusado de ser o mandante do atentado, a justiça também intimou o agressor contratado para realizar o crime. A audiência está marcada para o mês de setembro.