Comunidades de Bom Princípio estão há 15 dias sem energia
O excessivo volume de chuva que caiu no final do mês de abril e início deste de maio, com mais de 600 milímetros em várias regiões do Estado, causa vários transtornos para moradores de Bom Princípio. Pessoas de várias localidades o relatam estar sem energia elétrica há 14 dias. Isso está gerando grandes transtornos e perdas em propriedades rurais.
Conforme o produtor de morangos Vilson Brandt, proprietário da Granja Brandt, do Bom Fim Baixo, os gastos para tentar manter a produção são muito grandes. "A sorte é que temos gerador, mas está saindo bastante caro", enfatiza. "Nesta segunda-feira, vai fechar duas semanas que estamos sem luz, fora de qualquer organização quanto a isso. Os gastos com óleo diesel já passam de R$ 2 mil", disse. De acordo com Vilson, a situação já foi repassada para a RGE. "Primeiro, ficamos uma semana esperando resposta, porque tinha vários postes caídos. Depois que arrumaram tudo ligaram e foram embora. Só que alguma coisa estava errada, pois temos rede trifásica e estava faltando uma fase. Assim ficou por dois dias, quando o rio voltou a subir e agora estamos sem luz de novo", conta.
A moradora do Morro Bambu Aline Maria Henz, que mantém produção de leite em sua propriedade, relata o mesmo problema. "São 13 dias sem luz. Para alguns moradores do Morro Bambu a luz voltou na quinta feira, dia 9, depois de nove dias. Mas nós permanecemos sem, a estrada segue fechada e por isso estamos sem luz. Tem três postes estão caídos e dois quebrados", explica, reforçando que a empresa não consegue chegar para fazer o conserto. Segundo Aline, A RGE disse que não pode fazer nada no momento. "A empresa conseguiu puxar energia pelo Morro Carrard e depois disseram que não conseguem puxar a luz para os moradores da parte de cima, pois essa terá de vir de baixo pra cima. Mas para isso precisam liberar a rua primeiro. Já prometeram retorno da luz e nada", lamenta.
De acordo com Fábio Henz, também morador do Morro Bambu, a RGE diz que não tem como religar a energia elétrica. "Eles podem vir a partir do Morro Luft, Nova Colúmbia, São Vendelino, mas dizem que não consegue, tem seis postes quebrados e fios arrebentados. Vou carregar pintinho nesta terça-feira e estamos a base de gerador a diesel, que custa R$ 200 diariamente", conta. "Já tivemos várias perdas, não está fácil", lastima.
Fábio que tem aviário, 45 bois e tambo de leite, lamenta a situação, que está fazendo duas semanas. "Quando ligamos para a RGE, falam que estão trabalhando para arrumar, mas aqui no Morro Bambu eles não vieram desde de quinta-feira, dia 9", enfatiza. "Estamos se virando como podemos, mas está saindo muito caro", destaca.