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Juíza manda soltar presos pegos com fuzil AK-47 em Bento Gonçalves

Além disso, policiais foram acusados de agredir os criminosos que possuem várias passagens
18/09/2024 Em Bento Gonçalves
Notícias de Bento

     Está cada vez mais difícil para os órgãos de segurança de Bento Gonçalves manterem na prisão os criminosos que são capturados nas ruas da cidade. Dois homens de 32 e 19 anos,  que foram presos com armas de grosso calibre no distrito de Farias Lemos, no domingo (15), foram soltos pela juíza em audiência de custódia na segunda-feira (16). E, mais do que isso, os policiais envolvidos na ação serão investigados, acusados de agressão contra os suspeitos presos.

     A decisão foi da controversa juíza  Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, que já tem várias decisões questionáveis no judiciário de Bento Gonçalves. Nesta audiência, o Ministério Público havia solicitado a prisão preventiva dos dois acusados por garantida da ordem pública. A dupla havia sido presa em flagrante na tarde do domingo (15) com um fuzil calibre 7.62, modelo AK-47; uma espingarda calibre .12 semiautomática e uma pistola com seletor de rajadas.

     Mesmo assim, a magistrada entendeu que houve abuso por parte dos policiais na prisão. Os presos alegaram que foram violentamente agredidos por policiais do 4º Batalhão de Polícia de Choque (4°BPChq) e da Companhia de Patrulhas Especiais (PATRES) do 1º Batalhão de Polícia de Choque, que estava atuando na cidade no combate à guerra entre facções criminosas, que resultou na execução de duas pessoas em apenas 24 horas.

     A juíza Fernanda de Azevedo, em suas alegações, afirmou que não há como se homologar o auto de prisão em flagrante, sob pena de se compactuar com a violência praticada por agentes públicos que, infelizmente, não é incomum no Brasil. Além disso, a magistrada determinou que a Brigada Militar , por meio da Corregedoria da BM realize uma investigação sobre a conduta e a atuação dos PM’s envolvidos na ocorrência.

     Os presos possuem antecedentes policiais por receptação, tráfico, associação criminosa, roubo, posse de entorpecente e adulteração de sinal de veículo, entre outros. Além disso, a polícia civil investiga o possível envolvimento deles nos últimos assassinatos ocorridos em Bento e cidades da região.



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