Governo Eduardo Leite quer colocar mais pedágios, mas não cuida os que tem
Quem se desloca pela rodovia ERS 453, a Rota do Sol, que liga Garibaldi e Carlos Barbosa ao Vale do Taquari, além de desviar de buracos, e torcer para não precisar de acostamento, precisa ainda decifrar o que as placas de sinalização indicam. Pois a maioria delas, está coberta pelo mato que há muito tempo não é cortado pela Empresa Gaúcha de Rodovias - EGR, estatal do Governo do Estado que faz um péssimo trabalho de conservação. Porém, mesmo transitando por este caos de estrada, os motoristas são obrigados a pagar pedágio.
No trecho de cerca de 60 quilômetros, os automóveis são obrigados a pagar R$ 6,30 na ida, mais R$ 6,30 na volta. Já caminhões, chegam a pagar até R$ 37,80 em cada trecho percorrido, um valor considerável para uma rodovia praticamente abandonada pelo governo. No fim do ano passado, reportagem do PORTAL ADESSO mostrou as dezenas de buracos na rodovia no trecho de Garibaldi até a entrada de São Sebastião de Castro, em Carlos Barbosa. Com a repercussão, um tapa buraco foi feito e parte do trecho recebeu nova pavimentação asfáltica, porém, o resto da estrada segue com problemas e nada é feito.
Para se ter uma ideia do descaso, os acostamentos ainda estão com pedras e terras que foram levadas pela enchente do ano passado. Mesmo assim, nenhum representante da EGR, e muito menos o Secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Juvir Costela, fala sobre o absurdo que é a população pagar por pedágio e não ter estrada.
Por outro lado, o governo Eduardo Leite anunciou a criação de mais de uma dezena de pedágios na Serra, entre eles, mais um na mesma rodovia, no trecho próximo a Santo Antônio de Castro.
A situação é tão vergonhosa que as empresas estabelecidas às margens da rodovia necessitaram aportar recursos juntamente com a prefeitura de Garibaldi para melhorar o acesso de caminhões que trazem insumos e levam a produção das empresas. A responsabilidade para fazer os acessos seria do Estado através da EGR, mas como nada era feito, e com riscos de acidentes graves devido a movimentação, as próprias empresas e a prefeitura tiveram que pagar pelas melhorias.