Saúde

"Tecnologia ajuda, mas o essencial é o cuidado humano", diz Dr. Rodrigo Jacobi

Ginecologista e diretor clínico do Hospital São Pedro participou do programa Prato Limpo
27/06/2025 Em Garibaldi
Portal Adesso - Foto: Luciano Eduardo / ADESSO TV

     Em participação ao vivo no programa Prato Limpo, da Adesso TV, nesta quinta-feira (26), o médico ginecologista e diretor clínico do Hospital São Pedro de Garibaldi, Dr. Rodrigo Jacobi, falou sobre o impacto das novas tecnologias no atendimento à saúde. Durante a entrevista, ele abordou o uso da inteligência artificial na medicina, as inovações dos últimos anos e os rumos que devem moldar o futuro da profissão.

     Apesar dos avanços, Jacobi foi enfático ao afirmar que nenhuma tecnologia substitui a relação entre médico e paciente. “Hoje temos softwares poderosos, sistemas que analisam exames com rapidez e precisão, mas o mais importante continua sendo a escuta, o olhar humano e o acolhimento. A conversa com o paciente é insubstituível”, destacou.

     Segundo o médico, a inteligência artificial já faz parte do cotidiano de muitos hospitais e clínicas. Ela é utilizada, por exemplo, na interpretação de exames de imagem, na sugestão de diagnósticos com base em dados clínicos e até na organização de prontuários eletrônicos. Mas o papel do profissional de saúde continua sendo decisivo. “A tecnologia é uma ferramenta. Quem cuida continua sendo o médico. A IA pode indicar caminhos, mas quem escolhe a direção é o ser humano”, frisou Jacobi.

     Um dos pontos altos da entrevista foi o destaque dado à democratização do conhecimento médico. Jacobi explicou que, graças à tecnologia, o que antes era restrito a grandes centros agora está disponível também em cidades do interior. “Hoje, um paciente em Garibaldi pode ter acesso ao mesmo tratamento que alguém em São Paulo no Hospital Sírio Libanês. As informações, protocolos e diagnósticos chegam com a mesma velocidade. A diferença entre centro e interior diminuiu muito”, afirmou. O Hospital São Pedro, que Jacobi dirige clinicamente, tem investido em atualização tecnológica e capacitação de equipe. O objetivo, segundo ele, é oferecer um serviço de saúde moderno, eficiente e próximo da comunidade.

     Entre as principais tendências apontadas por Jacobi, estão a medicina preditiva – que antecipa doenças com base em dados genéticos e hábitos de vida –, o uso da robótica em cirurgias e a telemedicina, que ganhou força nos últimos anos. “Estamos vivendo uma revolução silenciosa. A tecnologia está transformando tudo, mas ela precisa servir ao ser humano, e não o contrário. A medicina do futuro é tecnológica, sim, mas acima de tudo é humana”, concluiu.

     A entrevista repercutiu nas redes sociais e reforçou a importância do equilíbrio entre inovação e empatia no cuidado com a saúde. A fala do médico reforça um movimento cada vez mais evidente: o de colocar o paciente no centro do processo, com apoio da tecnologia, mas sem abrir mão da sensibilidade e do toque humano.



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