Lula prometeu picanha, mas preço queima o bolso dos brasileiros
A picanha, símbolo máximo da promessa de fartura no prato feita pelo atual presidente Luís Inácio Lula da Silva durante a campanha de 2022, virou motivo de frustração para muitos brasileiros. Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Paraná Pesquisas, 33,2% da população acredita que o preço da picanha está “muito mais alto” desde que o petista voltou ao Palácio do Planalto.
A comparação foi feita com base na percepção dos consumidores em relação ao período do governo de Jair Bolsonaro (PL). Para 16,8%, a carne está “um pouco mais cara”, e apenas 3,8% notaram queda significativa no valor do corte. Mais da metade dos entrevistados vê aumento no preço, o que contrasta diretamente com a expectativa gerada pelo atual presidente, que prometeu devolver a “picanha e a cervejinha” à mesa do povo. Além disso, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam o aperto no bolso: a picanha acumula inflação de 15,6% nos últimos 12 meses, número bem acima da média geral da inflação no país.
Outros dados da pesquisa mostram que 21,7% acreditam que o preço segue igual ao da era Bolsonaro, enquanto 14,1% enxergam leve redução nos valores. Já 10,5% dos entrevistados não souberam opinar. O levantamento ouviu 2.020 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal, entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o grau de confiança da pesquisa é de 95%.
Picanha virou luxo?
Nas redes sociais, o resultado da pesquisa provocou reações de indignação e ironia. Internautas lembraram a promessa de Lula e questionaram se a tão sonhada picanha virou artigo de luxo. “A única picanha que vi foi na propaganda do governo”, comentou um usuário. A pesquisa reacende o debate sobre o custo de vida no Brasil e o peso da inflação nos itens mais simbólicos do dia a dia do brasileiro. Se a picanha era o símbolo do retorno da fartura, para muitos, ela acabou virando mais um exemplo da dura realidade econômica.