Geral

Abaixo-assinado pede Casa de Cultura em Garibaldi

20/08/2013
Jornal Novo Tempo - Garibaldi

     Um abaixo-assinado que circula na cidade reacendeu o debate que defende a construção de uma Casa de Cultura em Garibaldi. O texto que justifica o recolhimento das assinaturas pede que a Prefeitura Municipal desaproprie o terreno da antiga Vinícola Perini, delimitado pelas ruas Vicente Faraon, José Brosina, Manoel Peterlongo Filho e Batista João Carraro, ao lado da Praça Martini e Rossi.

     A área de terra de aproximadamente 5.100 metros quadrados, pertencente a Vinícola Perini, foi decretada de utilidade pública pelo ex-prefeito Cirano Cisilotto ainda no mês de maio do ano passado, mas não chegou a ser adquirida pelo poder público. Agora, mais de um ano depois, um grupo de moradores da cidade – formado principalmente por jovens – pede que o prefeito Antonio Cettolin compre o terreno para a posterior construção de um prédio público que abrigue a tão sonhada Casa de Cultura, Biblioteca Municipal, anfiteatro, entre outros espaços para o desenvolvimento de atividades culturais e eventos destinados à população. O decreto sugere ainda a construção de uma praça que permita práticas esportivas e de lazer para a comunidade.

     De acordo com uma das idealizadoras da iniciativa, Janaina Tasca, de 24 anos, o abaixo assinado pretende mobilizar a população que se mostra, por vezes, desmotivada e sem tempo de reivindicar seus direitos e necessidades no âmbito público. “O objetivo nada mais é do que chamar a atenção para o tema e para que o governo da cidade atenda mais rápido e com mais vigor os desejos da comunidade”, ressalta a jovem.

     Para Janaina, além da cidade estar carente de lugares públicos para o lazer, é preciso incentivar urgentemente a cultura em Garibaldi. “Viemos de uma sociedade que sofreu muito, não teve tempo para estudar, não aprendeu a se expressar. A educação, a cultura e o conhecimento são quase um só. Povo culto não é enganado. E tem a questão dos bairros que estão crescendo e não há praças. Estamos perdendo as árvores. Devemos reverter essa situação para que Garibaldi continue sendo linda. Acredito na necessidade de continuarmos com o abaixo-assinado até que tivermos uma resposta da prefeitura”.

     Em contato com o jornal Novo Tempo, o prefeito Cettolin afirmou que, apesar do desejo em adquirir a área de terra, não há nenhum processo de desapropriação em trâmite em função da escassez de dinheiro nos cofres públicos. “Nosso desejo é de desapropriar, mas o município atualmente não possui recursos. Segundo laudo da comissão municipal de avaliações, o valor de comercialização do imóvel na época era de R$3.263.133,00. Certamente, hoje, o valor é maior”, acrescentou.

     Cettolin ainda se disse surpreso, pois imaginava que na oportunidade do decreto o terreno já havia sido pago pela gestão anterior. “Decretar uma área de utilidade pública é simples, mas para ser viável é preciso ter previsto a disponibilidade dos recursos. Imaginávamos que por ter sido decretada de utilidade pública, a área já estaria paga. Para a nossa surpresa, apenas existe um decreto. Em outras ocasiões, quando decretamos locais de utilidade pública, já previmos o valor e pagamos. Como o Estádio Alcides Santarosa, o Centro Social e Cultural São José, além de um terreno próximo ao Loteamento Fenachamp”, finalizou.

 

 

MAIS NOTÍCIAS