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Evangélicos e Católicos falam da nova regra da igreja de não guardar cinzas dos mortos

04/11/2016
Portal Adesso

 

     A decisão da igreja católica, com aprovação do papa Francisco, as novas diretrizes para sepultura dos mortos e a conservação das cinzas de quem optar por cremação, acendeu o debate entre a população, principalmente aqueles que pensam em espalhar ou manter as cinzas em casa. A nova sistemática, proíbe este desejo das pessoas, que não poderão ter funerais católicos.

     O Portal Adesso, ouviu um religioso e um pastor, questionando a opinião de cada um sobre este caso. O pastor da Igreja Batista de Garibaldi, Izael Nunes, destaca que: “O homem foi criado do pó e ao pó irá voltar, e este corpo físico é uma matéria que Deus criou lá no Eden e está escrito no Genis, que significa, princípio e começo”. Comenta que quando Deus criou o homem, fez um boneco de barro e sobrou em seu nariz o fôlego da vida. Se buscar na bíblia, irá encontrar por vezes onde diz, “nós somos do pó e ao pó vamos voltar”.

     Pastor Izael, diz respeitar a opinião católica, porém, a Igreja Batista não vê problema algum da maneira que os fiéis irão agir como corpo após a morte, não afetando em nada a fé de cada um. “Nós evangélicos não nos preocupamos com isso, nossa maior preocupação é com a alma do ser humano”.

     O padre Kleiton Pena, da paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus de Carlos Barbosa, também atendeu a reportagem, comentando sobre o tema. “Esse é um assunto que se não for bem explicado, se torna mal entendido ou interpretado”, diz Pena e que irá mexer com o sentimento e tocar no coração das pessoas. “ Não é apenas algo relacionado a fé, abrange sim a fé, nasce com a fé, mas é uma questão psicológica também”, diz ele e acima de tudo o respeito com o ente querido.

     Na opinião do bispo da diocese de Caxias do sul, que congrega várias paróquias da região, dom Alessandro Ruffinoni, o documento da igreja católica serve mais como uma forma de orientação, buscando, segundo ele, evitar que as pessoas percam seu amor pelas pessoas próximas e se arrependam futuramente, não tendo como homenageá-las.

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