Em Farroupilha, Pai se acorrenta a poste para conseguir cirurgia ao filho
Desesperado, homem que reivindicava leito para o filho de 14 anos passou mal e foi socorrido por populares. Fato ocorreu em frente ao Hospital São Carlos em Farroupilha.
Anério Zimmer se acorrentou a um poste no início da manhã desta segunda-feira (25), em frente ao Hospital São Carlos, em Farroupilha. O filho dele, Everton Daniel Zimmer, de 14 anos, está internado há 10 dias depois de quebrar o fêmur e tem suspeita de tumor ósseo. O menino precisa de cirurgia em um hospital de alta complexidade, mas não consegue vaga pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No meio da manhã, o pai passou mal e teve de ser internado.
De acordo com a secretária da Saúde de Farroupilha, Rosane da Rosa, o menino foi cadastrado na Central de Regulação de Leitos do Estado há oito dias. Como existe a suspeita de tumor nos ossos, ele tem de ser transferido para Porto Alegre.
A família é de Alto Feliz. O secretário da Saúde do município, Eduardo da Costa Dutra, diz que o menino se machucou no início de agosto, mas não houve diagnóstico de fratura óssea. Por suspeita de dor muscular, ele estava fazendo fisioterapia na rede pública de saúde. Depois, sofreu uma queda no banheiro de casa, foi levado ao hospital de Alto Feliz e transferido para Farroupilha, onde deveria fazer uma cirurgia de média complexidade.
A superintendente do hospital São Carlos, Janete Toigo, conta que o médico percebeu uma alteração nos exames, o que indica a possibilidade de tumor e exige a transferência para continuidade do tratamento.
A titular da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, Solange Sonda, diz que não existe demora no atendimento. Ela afirma que o prazo para conseguir um leito varia conforme o estado de saúde de cada paciente. “Ele está recebendo toda a assistência e estamos fazendo o possível para transferi-lo”, afirmou.
Populares que passavam pelo local se comoveram vendo o homem naquela situação e após passar mal por falta de alimentação e forte emoção, ele foi carregado por pessoas que acompanhavam o caso e levado ao pronto socorro do hospital onde recebeu atendimento médico. A população também reagiu em frente ao hospital com gritos de protesto pela demora na solução do problema.