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Frigorifico JBS em Garibaldi é desabilitado pela Arábia Saudita

Árabes excluíram as exportações do antigo Frigorífico Frinal e outras 24 plantas no país. BRF/Nicolini segue exportando sem restrição
28/01/2019
Portal Adesso - Fotos: Cassiano Valente/Portal Adesso

     A Associação Gaúcha de Avicultura – Asgav, confirmou nesta segunda-feira (28), ao PORTAL ADESSO que a planta de Garibaldi do grupo JBS foi excluída da lista de estabelecimentos habilitados para exportar carne de frango para a Arábia Saudita. 

     O anúncio dos árabes ocorreu na semana passada e afeta cerca de 25 frigoríficos que tinham a permissão de exportar carne de frango para o país muçulmano. De acordo com o diretor executivo da ASGAV, José Eduardo dos Santos, os frigoríficos habilitados para exportação da carne Halal (abatida de acordo com preceitos muçulmanos) já vinham se adequando às novas exigências de abate impostas pelos Sauditas, que passou a proibir o atordoamento prévio com choques elétrico no início do ano passado.

     Além da JBS Garibaldi, a planta da BRF em Lajeado também foi descredenciada e não poderá realizar exportação de frangos. Já a planta da BRF em Garibaldi que realiza o abate em parceria com o Frigorífico Nicolini não sofreu qualquer sansão e continua exportando para Arábia Saudita. "Esse descredenciamento, que chega de uma hora para outra, com certeza causa espanto em todos produtores gaúchos, principalmente os que já haviam se adequado frente a questão do abate", disse o representante do setor avícola. 

     Até outubro de 2018, a Arábia Saudita já havia comprado 392 mil toneladas de carne de frango do Brasil. Em 2017, os exportadores brasileiros embarcaram 590 mil toneladas do produto para o mercado saudita.

     

     Embargo à carne de frango é por questões técnicas e não políticas

      A redução de frigoríficos habilitados a exportar carne de frango à Arábia Saudita foi uma decisão técnica, apesar do incômodo gerado pela possibilidade de o governo transferir a embaixada de Israel para Jerusalém, segundo o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Rubens Hannun. “Os procedimentos seguiram todos os trâmites técnicos. Uma missão veio ao Brasil por 30 dias, entre setembro e outubro (do ano passado) – explicou o dirigente”.

     Hannun reconhece que a manifestação do governo de transferir a embaixada em Israel para Jerusalém gerou desconforto. Mas não acredita em influência concreta na decisão.



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