No início desta semana, o prefeito do município Santa Tereza, Gilnei Fior (MDB), decretou Situação de Emergência. O pedido junto a Defesa Civil do Estado é devido à estiagem que afetou a localidade, causando perdas e danos consideráveis na agricultura e no abastecimento de água, principalmente no interior.

     Segundo o prefeito, a quebra na safra da uva, do milho e das hortaliças, após levantamento realizado pela Emater, está estimada em 40%, o que ocasionará um prejuízo superior a R$ 7 milhões. Já os danos sofridos nos equipamentos de abastecimento de água potável e os investimentos necessários para o transporte de água por caminhão-pipa chegarão próximos aos R$ 20 mil. Com o decreto a Administração espera mostrar o problema que vem ocorrendo e contar com o entendimento do Governo. 

     Pelo menos outros 41 municípios em diversas regiões do Rio Grande do Sul também decretaram emergência. Conforme boletim divulgado pela Defesa Civil, os últimos decretos foram formalizados nas cidades de Itatiba do Sul, Paraí, Muitos Capões, Estrela Velha, Nova Palma, São Jerônimo, São Lourenço do Sul, Segredo e Candelária.

     A iniciativa das prefeituras visa a facilitar o recebimento de recursos e, assim, amenizar os problemas dos agricultores, ajudando também na renegociação de dívidas. Ainda falta o reconhecimento da situação pelo Estado e a homologação, parte que costuma demorar mais no processo e que depende do governo federal.

     A seca no RS, que atinge o Estado desde o final de 2019, é considerada a mais severa desde 2012. Somente em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, o prejuízo é estimado em mais de R$ 100 milhões. Na Serra Gaúcha, a quebra na safra da uva pode chegar a 30%.