Economia

Pesquisa do CIC-BG investiga hábitos de consumo pós pandemia

No quesito tendências, 61% dos entrevistados disseram ter descoberto uma nova forma de fazer compras
26/06/2020
Portal Adesso - Foto: Arquivo

     Diante do momento de exceção causado pela pandemia do coronavírus, muitos hábitos de consumo e de comportamento sofreram grandes modificações. Para sair desse cenário com os melhores prognósticos possíveis, é fundamental entender como os consumidores se adaptaram a essa nova realidade e como isso afetará o mercado quando a pandemia estiver controlada.

     Uma pesquisa aplicada em maio pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), cujos resultados começam agora a ser tabulados, coletou dados para traçar o perfil desse novo consumidor e pretende servir de base para empresas criarem suas estratégias de negócios num futuro próximo.

     Ao todo, 764 pessoas responderam a um questionário de cerca de 20 perguntas a respeito dos impactos da pandemia na rotina, nos setores produtivos e nas perspectivas de futuro, além de apontar tendências advindas da pandemia.

     A pesquisa revelou, por exemplo, que 76% dos participantes alteraram seus hábitos de consumo devido à pandemia e que 66% deles manterão esses hábitos no futuro. No quesito tendências, 61% dos entrevistados disseram ter descoberto uma nova forma de fazer compras, principalmente as pessoas entre 46 anos e 60 anos.

     Outro dado apontado pelo estudo mostra que o número de participantes dispostos a se qualificar por meio online cresceu de 14%, antes da pandemia, para 28%. Além disso, 64% dos entrevistados disseram ter realizado alguma atividade do tipo “faça você mesmo” – ou seja, fazendo pequenos serviços para os quais, normalmente, contratam-se terceiros –, enquanto 71% concordaram em ter comprado localmente. Desses últimos, 68% pretendem continuar consumindo produtos locais depois da pandemia. 

     Também, 65% das pessoas que responderam à pesquisa trabalharam em home office durante a pandemia. Desses, apenas 18% haviam experimentado tal situação antes do surto. De quem experimentou o trabalho remoto, 49% disseram que fariam home office novamente só em caso de necessidade.

     A pesquisa foi realizada pela internet entre os dias 14 e 24 de maio. As mulheres foram as que mais participaram, com 67% do total, e a faixa etária mais presente foi a compreendida entre os 31 anos e os 45 anos, com 48%. A grande maioria das respostas (70%) teve origem em Bento Gonçalves, mas a pesquisa registrou participantes de outros 38 municípios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Dos entrevistados, 64% tinham curso superior ou pós-graduação, 46,3% eram empregados da iniciativa privada e 34% tinham renda mensal entre R$ 3,9 mil e R$ 7,8 mil.


MAIS NOTÍCIAS