Tempo e dinheiro. Foi isso que a comunidade de Carlos Barbosa perdeu durante o processo que acusa o vereador Alef Assolini (MDB), de quebra de decoro parlamentar. O político está sendo investigado pela distribuição de panfletos durante a campanha eleitoral, que mostrava servidores públicos candidatos. O fato gerou grande repercussão na comunidade e possivelmente deu outro rumo para as eleições 2020 na cidade. 

     A Comissão de Ética formada pelos Vereadores Everson Kirch (Presidente), Mateus Chies Guerra (Relator) ambos do PP, e Enio Grolli (PDT), utilizou tempo e a estrutura do Poder Legislativo de Carlos Barbosa em vão, pois, independente do que eles vão apresentar na sessão desta segunda-feira (14), não terá nenhum desfeche. Para punir, advertir ou cassar o vereador do MDB é necessário dar amplo direito de defesa e no mínimo uma sessão ordinária de prazo. Como a sessão esta segunda-feira é a última sessão desta legislatura, nada mais poderá ser feito. O processo deverá ser arquivado, embora algum órgão de imprensa de Carlos Barbosa torçam e tenham feito campanha camuflada pela cassação. 

     Conforme o artigo 28 da Casa legislativa, após o recebimento do relatório da Comissão de Ética Parlamentar, caberá à Mesa Diretora: I – determinar o seu arquivamento no caso da conclusão ser pela improcedência; II – encaminhá-la ao Presidente da Câmara ou ao Presidente da Comissão, se for o caso, para aplicar a penalidade; III – determinar a sua inclusão na pauta da segunda sessão ordinária posterior a data de seu recebimento, para deliberação em Plenário.

     Ou seja, não haverá tempo para nenhuma decisão. A última sessão desta legislatura também será feita on line, pois a presidente, Lucilene Marchi (PDT) está infectada com coronavírus e a vereadora Rosália Cousseau (PDT) com suspeita da doença. 

     No dia 01 de janeiro, tomam posse os novos vereadores e o fato ficará apenas na história da Câmara barbosense.