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Funcionário denuncia Associação dos Moradores de Aluguel - AMA

Com problemas de saúde, homem que vive em condições precárias afirma que atuava sem carteira assinada
29/03/2021
Portal Adesso - Foto: Reprodução/ADESSO TV

     Na manhã desta segunda-feira (29), procurou a equipe do PORTAL ADESSO/ADESSO TV, o senhor José Wilson Felipe, de 57 anos. Acompanhado pelo motorista de aplicativo, Leonir Souza, os dois vieram solicitar auxílio, pois segundo eles, José que é funcionário da associação, foi demitido da AMA e tem até o dia 01 de abril para deixar o casebre que reside no loteamento Chácaras. O aviso da demissão foi entregue na semana passada por um advogado que solicitou que o vigia assinasse um documento. Mesmo sem saber e entender nada do que estava escrito, o homem assinou o documento. 

     O senhor que não sabe ler e escrever, contou que recebia um salário mensal do presidente da entidade, o ex-vereador Luiz Flori Castro, e que o pagamento era feito por recibo “Eu não sei ler nem escrever, mas consigo fazer o meu nome com a caneta”, contou José para a nossa equipe. 

     Demissão de funcionário é algo normal e corriqueiro em empresas, associações e em qualquer estabelecimento, porém, José Felipe que é natural do Rio Grande do Norte e reside em Garibaldi a menos de três anos, estava desempenhando a função de vigia no loteamento da entidade e atuava durante as 24 horas do dia sem carteira assinada e nenhum benefício. 

     Já o motorista de aplicativo, Leonir, disse que buscou o PORTAL ADESSO para ajudar o amigo que além dos problemas de saúde, está desesperado, sem ter para onde ir. “Eu sempre fazia corrida para ele e sei bem do sofrimento dele. Sei que trabalha para a AMA sem carteira assinada e com a demissão, ele fica de mãos abanando. Este homem não sabe ler, nem escrever e por isso, muita gente tenta tirar vantagem desta condição. Já vivi situação parecida e por isso, estou ajudando o José”, contou o motorista. 

Contraponto

     Nossa equipe tentou contato com a AMA – Associação dos Moradores de Aluguel de Garibaldi nos dois números que está no site da entidade. Ninguém nos atendeu. Tentou também contato com o ex-vereador Luiz Flori Castro e também não fomos atendidos. Deixamos aqui o espaço necessário para que a associação se manifeste sobre o caso. Caso a associação se manifestar, vamos atualizar a reportagem. 

     Contatamos o município para saber da situação do Loteamento da AMA e na secretaria municipal de obras não consta nenhuma denominação, ou seja, o loteamento não possui nome, embora a associação chame de Loteamento Chácaras. 

     Com relação ao casebre onde mora José que é uma espécie de container com uma parte de madeira e com banheiro no lado de fora parecido com as antigas “patentes”, ninguém informou se houve ou não liberação para a construção. 

 Clique e assista a entrevista do funcionário da associação





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