A Secretaria de Saúde de Garibaldi, está desenvolvendo um programa de combate ao mosquito borrachudo. Coordenado pelo coordenador Carlos Veiga e com responsabilidade técnica da veterinária Raissa Kuntz Dias, o projeto tem como objetivo correlacionar a vazão de água nos córregos e arroios com a da calha de parshall instalada na propriedade de Ibanor Bortolini, em São Roque Figueira de Mello. A calha serve como balizamento para dosar o produto colocado na água.

     Em março, o veterinário Eduardo Kieling, da 5ª CRS de Caxias do Sul, responsável pelos projetos de combate aos simulídeos (borrachudos) e ao combate de febre amarela, esteve na cidade para medir a vazão dos arroios. No período, os agentes de campo do programa da dengue ajudaram Kieling com o mapeamento. Após a correlação dos arroios, o projeto deverá ser aprovado pelos Conselhos de Saúde e de Meio Ambiente e obter o aval do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) para compra do larvicida. Assim que esta etapa for concluída, terá início a aplicação do produto para controle do borrachudo. O servidor Carlos Veiga explica que, depois da aplicação, é feito um monitoramento quinzenal, período de reprodução dos mosquitos.

     A população é peça fundamental no processo de combate ao borrachudo, uma vez que esses insetos se proliferam em lugares com grande quantidade de matéria orgânica, diferente do Aedes Aegypi, por exemplo. A veterinária Raissa salienta a importância de que fezes de animais e dejetos humanos, folhas, cascas de vegetais e o esgoto tenham tratamento adequado, e não sejam lançados nos córregos. “Os riachos e rios devem estar livres de qualquer lixo, e  as matas das margens de riachos e de rios devem ser protegidas, pois abrigam pássaros e insetos que se alimentam dos borrachudos”, esclarece.