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Ìndios acampam na Ciclovia de Carlos Barbosa

Em condições precárias, eles utilizam o espaço para dormir, fazer refeições e comercializar artesanatos
28/12/2021
Portal Adesso - Foto: divulgação

     Um problema enfrentado diversas vezes na pracinha da Avenida Rio Branco com a Jacob Ely em Garibaldi agora também chegou em Carlos Barbosa. Em péssimas condições de higiene, dormindo em coberturas de lona preta, indigenas que perambulam por diversas cidades do Estado se instalaram na Terra do Leite e do Queijo e ali, na ciclovia, muito utilizada pela comunidade barbosense para praticar exercícios ao ar livre, eles ficam pedindo dinheiro e todo o tipo de auxílio.

     Além do espaço na ciclovia no trecho próximo a estação rodoviária, homens, mulheres e diversas crianças também ficam na calçada em frente ao supermercado Santa Clara. Todo cliente que sai do mercado é abordado por eles, principalmente por crianças que quando ganham qualquer quantia em dinheiro vai correndo levar para os pais no acampamento. 

     Na última semana,  mais indios chegaram na cidade, e conforme informações, seriam duas tribos que se dividem para pedir auxilio entre as pessoas que circulam pelo centro barbosense.  A prefeitura Municipal já tomou conhecimento da situação e a Secretária da Administração, Claudia Pozza, juntamente com uma representante do Conselho Tutelar, estiveram no local conversando com os indios e solicitando que eles acampem em outro local. 

     O conselho tutelar verificou a situação das crianças e até o momento, nenhuma delas está sendo forçada a trabalhar na venda de artesanato. Já quanto a questão da utilização do local público para acampanhar, a legislação brasileira não proíbe que indios utilizem qualquer espaço público, mesmo que estes estejam vivendo em precárias condições. 

     De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Carlos Barbosa, nesta segunda-feira (27), funcionários do município mais uma vez foram até  a ciclovia para conversar com os indígenas e encontrar uma solução. Porém, eles não demostraram nenhum interesse em sair do local. Eles são amparados por Lei, que regula a situação jurídica dos índios e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional.

     Em Garibaldi, nas putras vezes que os indígenas estiveram acampando em precárias condições, a secretaria de Ação Social solicitou que a comunidade não desse dinheiro ou qualquer tipo de doação a eles. A secretária sempre auxiliou com alimentos e outras necesidades como roupas. Sem receber dinheiro ou outras doações da comunidade, eles sempre deixam a cidade. 

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