Ainda não é certa uma nova eleição em Garibaldi
O Diário Oficial da Justiça do Rio Grande do Sul publica nesta quinta-feira (10), uma resolução convocando os mesários que atuaram na última eleição municipal de Garibaldi em 2020, para trabalhar em uma nova eleição a ser realizada no próximo dia 03 de abril.
Esta definição é do TRE – Tribunal Regional Eleitoral que segue a decisão que previa a cassação do prefeito e vice-prefeito, além da realização de novas eleições. A decisão foi tomada em novembro de 2021.
Porém, o prefeito Alex Carniel e o vice-prefeito Sérgio Chesini recorreram da sentença no TSE – Tribunal Superior Eleitoral em Brasília. Até agora, não há nenhuma decisão e enquanto o TSE não se manifesta, segue o rito processual do TRE, por isso, a convocação de novas eleições neste momento. Se o recurso de Alex for aceito, o processo para e não haverá nova eleição. Também o TSE poderá julgar e definir pela cassação, ai a eleição está mantida.
Caso o TSE não julgue até março, também a eleição será mantida. Por enquanto, tudo ainda segue uma incógnita.
A notícia pegou parte da população de surpresa, sendo que a maioria não concorda com novas eleições, uma vez que Alex e Sérgio foram afastados por uma denuncia puramente política, promovida pela coligação derrotada nas eleições municipais.
De acordo com o o advogado de Alex, Marco Túlio Aguzzoli, o STF tem um entendimento que as eleições só podem ser marcadas após resolução do plenário do TSE, e o processo recém chegou ao TSE. "Existem casos que Tribunais Regionais marcaram eleição antes da decisão do TSE. O Tribunal Superior Eleitoral não aceitou, reformou a decisão e foi anulada a eleição. Vamos aguardar para ver o que vai decidir o TSE", disse Aguzzoli.
Relembre o caso
A coligação de Alex e Séggio Chesini (PP), foi denunciada por abuso de poder político e econômico, além de arrecadação e gastos ilícitos de recursos. O pedido de impugnação da chapa foi movido pela coligação derrota nas eleições Garibaldi no Caminho Certo (PDT, PTB, MDB, PL, DEM, PSD e PCdoB), dos candidatos Antônio Fachinelli e Eldo Milani, ambos do MDB. De acordo com a acusação, Carniel teria se envolvido na compra de três equipamentos de rastreamento, além da utilização de um automóvel de sua propriedade e também na contratação de detetives particulares. As negociações e utilização do veículo teriam como objetivo, segundo a denúncia, praticar um monitoramento eletrônico dos adversários políticos.
A presença do dispositivo de rastreamento foi percebida no dia 24 de outubro de 2020 no carro de Antonio Cettolin (MDB), então prefeito de Garibaldi, que apoiava a candidatura Antônio Fachinelli e Eldo Milani.