O descaso com a manutenção da RSC-453, rodovia pedagiada que liga Garibaldi a Estrela, tem gerado prejuízos frequentes a motoristas que trafegam pela região. Na manhã desta quinta-feira (19), diversos veículos sofreram danos como pneus furados e rodas amassadas ao passar por buracos no trecho próximo ao entroncamento com a BR-470, no bairro Três Lagoas,  evidenciando o abandono da via.

     Apesar da cobrança de pedágio na praça de Boa Vista do Sul, a EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) – responsável pelo trecho – tem negligenciado a conservação do asfalto, sendo que em alguns trechos, sequer o acostamento danificado antes da enchente de 2024 foi refeito. Com o aumento das chuvas nos últimos dias, a situação da rodovia se agravou ainda mais, com o surgimento de novos buracos, rachaduras e erosões no pavimento, comprometendo seriamente a segurança viária. Moradores das proximidades, sensibilizados com os constantes prejuízos enfrentados por motoristas, improvisaram sinalizações de alerta com galhos de árvores e objetos visíveis à beira da estrada, na tentativa de evitar acidentes mais graves.

     A população local e usuários da rodovia cobram respostas urgentes da EGR e apontam a responsabilidade do governo estadual. A empresa está vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, chefiada por Juvir Costella (MDB), sob o comando do governador Eduardo Leite (PSD). Ambos são cobrados pela inoperância da concessionária e pela falta de fiscalização sobre a qualidade dos serviços prestados.

     É tanto abandono e incompetência que sequer a placa que mostra onde inicia o trecho da cobrança do pedágio em Garibaldi foi trocada. Ela está danificada a pelo menos 03 anos, sem que a EGR troque, mostrando o descaso da empresa estatal, do Governo e da Secretaria dos Transportes. 

     “É revoltante pagar pedágio e andar por uma estrada cheia de buracos. Além do risco de acidente, os danos no carro pesam no bolso do trabalhador”, desabafou um motorista que trafega diariamente pelo trecho e foi vítima de prejuízos ao passar por um buraco na rodovia.

     A reportagem procurou a EGR para esclarecimentos, mas até o fechamento deste texto, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações da empresa e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Enquanto isso, os motoristas seguem contando com a sorte e com a solidariedade da própria comunidade para evitar prejuízos maiores em uma rodovia que, mesmo pedagiada, se transforma em armadilha a cada dia de chuva.