Chuva que caiu no fim da tarde desta sexta-feira (03), alagou vários pontos da cidade. Lojas, casas e empresas também foram invadidas pela água. E o motivo para o alagamento não foi sujeira em bueiros, mas sim a capacidade de vasão da rede de água e esgoto.

     Torcendo para que a meteorologia traga menos chuvas durante o final de semana, moradores de vários locais de Garibaldi estão passando a manhã de sábado (04), limpando o lodo e a sujeira que o temporal de ontem trouxe junto com a rede de água e esgoto da cidade.

     Os locais mais atingidos foram os bairros Chácaras, Ferroviário e Centro, onde em alguns pontos era impossível transitar como no entorno da Praça da Martini, na Rua Batista João Carraro e na Rua João Pessoa com a General Osório, onde a água acumulada invadiu estabelecimentos comerciais e residências. Na travessa Raul Cisilotto, a água passou da altura do meio fio e invadiu depósitos, garagens de prédios e oficina.

     Mário Schwalbert (foto principal), morador da Rua João Pessoa, é um dos moradores que provavelmente vai passar o dia envolvido com a limpeza. De acordo com Mário, esta é a segunda vez que a rua é alagada: “A primeira vez tinha água até o meio fio, depois a prefeitura veio, trocou a tubulação e parece que não adiantou nada, pois agora a água invadiu todo o pátio da minha casa, e a garagem”, conta. O morador também questionou o descaso do município, já que ninguém da secretaria responsável foi até o local para ver o problema e tomar alguma providência.

     Já em outro estabelecimento na rua General Osorio, os proprietários passaram o início da manhã com baldes para retirar a água e esgoto do local e agora contabilizam os prejuízos causados pela água que invadiu prateleiras de produtos. O empresário que pediu para não ser citado disse que o município precisa urgente rever toda a tubulação para “Garibaldi não virar uma São Paulo”, onde qualquer chuva provoca grandes alagamentos.

     A chuva também trouxe transtornos ao Hospital São Pedro, onde o telhado da sala de observação caiu e deixou o ambiente que possui cinco leitos interditado.

     O Portal Adesso tentou contato com o Secretário Municipal de Obras mas não conseguiu localizá-lo. Na próxima semana, vamos conversar com Micael Carissimi para saber o que a administração vai fazer para evitar novos alagamentos na cidade.

     Conforme engenheiros e urbanistas ouvido pelo Portal Adesso, a crescimento desordenado faz com que a rede de Garibaldi não tenha capacidade de suportar o volume da água gerado pelas chuvas. Além disso, o loteamento que está sendo construído na área da antiga estação de esqui também faz com que toda a água que antes era absorvida pela mata desça para o centro da cidade, gerando assim grandes alagamentos.