Polícia

Ex-empresário de Garibaldi é morto a tiros em Gravataí

23/03/2018
Portal Adesso - Foto: Gabriel Siota Ganzer / Giro de Gravataí

     Fabriciano Alves foi morto na noite desta quinta-feira (22). Nos anos 90, ele era proprietário de uma empresa de limpeza em Garibaldi e também chegou a presidir a Associação de Pequenas e Médias Empresas - Apeme. 

     Conforme boletim policial, Fabriciano Spitzmacher Alves, de 49 anos, teria sido executado com tiros vindos de uma pistola 9 mm. O crime ocorreu na Rua Lauro Muller, no bairro Monte Belo, na altura da parada 69, na cidade de Gravataí. 

     O ex-empresário, estava em um veículo que possuia um adesivo indicando ser carro de advogado, e testemunhas que estavam no local na hora do crime,  se referiam a ele como "doutor Fabriciano". Porém, a Polícia Civil, afirma que ele era um falso advogado. A seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também confirmou que ele não tinha registros na entidade. 

     Ainda de acordo com a Polícia Civil de Gravatai, Fabriciano já havia sido ouvido recentemente em um inquérito sobre a morte de um amigo dele na cidade, no final de 2017. O delegado Felipe Borba relatou que no dia em que foi ouvido ele admitiu que não possuía registro profissional e que trabalhava somente com assistência jurídica. Inclusive, o ex-empresário já possuía antecedentes criminais por falsa identidade, estelionato e exercício irregular da profissão. Também consta na ficha de Fabriciano, passagens por ameaça, lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo.

     Fabriciano Spitzmacher Alves foi morador de Garibaldi nos anos 90 e atuou como empresário e presidente da Apeme – Associação de Pequenas e Médias Empresas de Garibaldi, em 1995.

    Testemunhas afirmaram que Fabriciano chegou ao local do crime em um estabelecimento comercial para negociar um veículo com um comprador. Foi no momento da negociação que um homem, em uma moto, chegou no local. O homem, chamou  Alves pelo nome e neste momento ele tentou voltar ao veículo, quando foi atingido pelos disparos de pistola 9 mm na cabeça e tórax. Os investigadores da delegacia de Homicídios de Gravataí irão ouvir testemunhas e tentar localizar câmeras de segurança de casas ou estabelecimentos próximos, a fim de entender a dinâmica do ataque, conforme informações do Portal Giro de Gravataí, para elucidar o crime.

     A polícia não descarta a possibilidade de Fabriciano ter sido morto por algum cliente que tenha contratado os serviços do falso advogado, mas prefere aguardar a oitiva de testemunhas.

A polícia encontrou na cintura de Fabriciano uma pistola irregular, o que indica que ele já sabia que era procurado pelos seus algozes.

     Em um primeiro momento, policiais não acreditam que o crime tenha relação com traficantes de drogas. Seu corpo foi velado e seúltado em Santa Maria. 

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