Prefeito de Farroupilha tem o mandato cassado
O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT) teve seu mandato cassado pelo vereadores do município. O destino do agora ex-prefeito foi selado por 10 votos favoráveis a 4 contrários, em sessão ordinária, realizada nesta sexta-feira (15). O resultado foi obtido já na primeira denúncia apresentada ao parlamento, a nomeação de um fiscal municipal para atuar em função privativa de advogado. O processo de impeachment havia sido protocolado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Farroupilha, Maurício Bianchi, juntamente com presidente da OAB-RS, Ricardo Breier e João Darzone de Melo Rodrigues Júnior, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo da OAB-RS
Dos vereadores que votaram contrários ao impeachment puderam se ouvir acusações de falta de lealdade com a comunidade de Farroupilha. Por causa da proibição de aglomerações devido ao coronavírus, os parlamentares alegavam que a voz da população não pode ser ouvida. A vereadora Maria da Glória, defensora radical de Gonçalves, definiu o rito como mera politicagem. Agarrando-se a defesa da escolha do povo, os demais vereadores que votaram contra, tentavam mudar o voto de seus pares.
Os favoráveis estavam irredutíveis. Nos discursos alegações de que tal tarefa era árdua, tanto para os parlamentares quanto para a cidade. As falas apontavam as falhas e crimes imputadas ao mandatário municipal. A votação seguia, com a cassação do então prefeito cada vez mais próxima. Por fim, Josué Kiko Paese (PP) manifestou seu voto. Sim. Estava encerrado o mandato de Claiton Gonçalves frente ao executivo municipal, após sete anos e cinco meses de governo. Como define o regimento da Casa Legislativa, Claiton Gonçalves perdeu seus direitos políticos por oito anos.
Veja como foi a votação da primeira acusação:
Arielson Arsego (MDB): sim
Deivid Argenta (PDT): não
Eleonora Broilo (MDB): sim
Fabiano Piccoli (PSB): sim
Fernando Silvestrin (PL): abstenção
Jonas Tomazini (MDB): sim
Jorge Cenci (MDB): sim
José Mário Bellaver (MDB): sim
Josue Paese Filho (PP): sim
Maria da Glória Menegotto (Rede): não
Sandro Trevisan (PP): sim
Sedinei Catafesta (PSD): sim
Tadeu Salib dos Santos (PP): sim
Thiago Brunet (PDT): não
Tiago Ilha (Republicanos): não