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Bloqueio de estradas e ocupações marcarão Grito da Terra nesta terça-feira

19/05/2014
Correio do Povo / Rádio Guaíba

     Maior ato anual de mobilização e protesto de produtores da agricultura familiar do País, o Grito da Terra troca, em 2014, a tradicional marcha de agricultores em Brasília por ocupações de órgãos públicos e bloqueio de estradas em vários estados. Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Grito da Terra, que chega à 20ª edição, abre amanhã (20) e vai até a próxima quinta-feira (22).

     De acordo com organizadores do movimento, a mudança vai servir para pressionar, principalmente, prefeitos e governadores a executarem projetos e políticas voltados ao setor que tiveram o aval do governo federal em marchas anteriores mas, segundo eles, não saíram do papel. Os líderes do movimento, segundo a Contag, devem ser recebidos pela presidenta Dilma Rousseff na quarta-feira (21), no Palácio do Planalto.

     Em Porto Alegre, cerca de 5 mil agricultores familiares, organizados pelos 352 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, espalhados pelo Estado, devem participar das ações ao longo do dia. Os primeiros ônibus chegarão por volta das 6h, no Parque da Harmonia, onde ocorre uma assembleia para definir as ações na parte da manhã. A partir das 13h, os agricultores se deslocarão ao Palácio Piratini para ouvir do governador Tarso Genro as respostas da pauta entregue a ele em 29 de abril. O presidente da Fetag, Elton Weber, estima respostas positivas do governo frente aos pontos de pauta.

     Em Brasília, ainda de acordo com a Contag, 650 trabalhadores devem participar de uma ocupação. O local, no entanto não foi revelado. A expectativa dos organizadores do Grito da Terra é que aproximadamente 50 mil trabalhadores participem dos atos em todo o País.

     A pauta do movimento, com 23 pontos centrais, foi entregue à Presidência da República no dia 3 de abril. Entre as principais demandas do setor estão a reforma agrária, com a efetivação do Sistema Nacional sobre a Estrutura Fundiária, aumento de recursos para o financiamento dos pequenos produtores e a revogação de norma que dificulta a execução do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

 

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