Geral

CIC-BG apresenta na Amesne dados da pandemia na Serra

Durante os primeiros nove meses da pandemia, 47% dos pacientes que necessitaram de atendimento em UTI
27/01/2021
Portal Adesso - Foto: divulgação

     O acompanhamento do número de casos de covid-19 na Serra realizado pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) e apresentado à Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) mostrou como as estatísticas são imprescindíveis para definir as estratégias de combate à doença. Segundo o levantamento, apresentado pela representante do CIC-BG no Observatório Regional de Saúde, Marijane Paese, a espera em buscar o atendimento aos primeiros sintomas está relacionada com o aumento de mortes. 

     Durante os primeiros nove meses da pandemia, entre março e dezembro, 47% dos pacientes que necessitaram de atendimento em UTIs faleceram nos 49 municípios abrangidos pelo estudo. Uma realidade bem distinta daqueles que só precisaram de internação em leitos clínicos, onde apenas 9% das pessoas morreram.

     Para Marijane, isso mostra a importância de estar alerta aos primeiros sintomas da doença – tosse, dor de garganta, diarreia e mal-estar –, a fim de evitar o agravamento do quadro. "95% das pessoas que necessitaram atendimento hospitalar apresentavam febre, falta de ar e saturação de oxigênio menor que 95, ou seja, deixaram seu estado clínico piorar. Na medida que esses sintomas foram somados, o percentual de óbitos aumenta gradativamente", comenta Marijane, mestre em estatística e também vice-presidente do CIC-BG para assuntos do Comércio.

     As pessoas com 60 anos ou mais lideraram as internações hospitalares entre julho e dezembro, sempre com um índice superior a 53% do total. Já nos primeiros meses da pandemia, entre março e junho, essa posição coube ao público com menos de 60 anos, com 51,45% do total.

     O estudo também mostrou como as comorbidades estão relacionadas ao agravamento dos casos. Do total dos pacientes que precisaram de internação hospitalar, 68% apresentavam cardiopatias, diabetes e obesidade, entre outras comorbidades. Desses, 24% faleceram. Entre os 32% internados sem comorbidades, apenas 5,6% morreram. "É preciso adotar estratégias diferenciadas para grupo de risco com mais de 60 anos com comorbidades", diz Marijane.

     A principal recomendação para evitar o contágio com a covid-19 segue sendo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, com o uso da máscara, a higienização das mãos com álcool em gel e o distanciamento social.



 

MAIS NOTÍCIAS