Saúde

Hospital Tacchini suspende cirurgias oncológicas

Anúncio foi feito pelo superintendente Hilton Mancio durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (25)
25/03/2021
Portal Adesso - Foto: divulgação

     De acordo com Mancio, o estoque de remédio essencial para pacientes críticos terminou e demais medicações substitutas estão no fim, por isso,  a direção e o corpo clinico decidiu suspender todas as cirurgias oncológicas.  O motivo da falta de medicamentos não é devido a falta de recursos, mas sim, da falta disponibilidade para compra. O superintendente lamentou a situação gerada pela pandemia e alertou mais esta dificuldade que precisa ser superada. "Hoje terminamos com a droga que é a primeira escolha de tratamento de pacientes em estado crítico. É triste ver o desespero dos pacientes e das famílias quando anunciamos o cancelamento, mas não temos medicamentos suficientes para fazer as cirurgias e tratar os pacientes em estado crítico", ressaltou.

     Ainda conforme Hilton, o hospital espera que novos medicamentos sejam enviados pelo Ministério da Saúde que está buscando alternativas para garantir a aquisição por meio de importações, tendo em vista que os principais fornecedores não estão comercializando as drogas necessárias.  “A suspensão das cirurgias não significa que o paciente oncológico não seja prioridade. Nós fomos afetados por uma variável externa. Queremos agilizar o mais rápido possível. Mas se tudo der certo, amanhã esperamos fechar um pedido de exportação, que deve chegar em 20 dias”, disse. 

     Também participando da entrevista coletiva,  a diretora da divisão hospitalar do Tacchini, Roberta Pozza, disse que o medicamento que está em falta é um bloqueador neuromuscular, utilizado para evitar qualquer estímulo em pacientes graves, entubados. “Pacientes com quadros graves, com comprometimento superior a 50% do pulmão, que precisam estar ligados a ventilador mecânico, precisam ter sincronia com esse equipamento. E em casos muitos graves de pneumonia, a troca de oxigênio fica prejudicada, então precisamos bloquear qualquer tipo de estimulo”, afirmou a médica. Ela também ressaltou que o medicamento que está faltando hoje, era consumido no máximo 200 ampolas por mês em 2019 e apenas neste ano já foram 32 mil ampolas. 



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