Política

Deputado denuncia Eduardo Leite por não pagar Auxílio Emergencial

Parlamentar afirma que o ex-governador não cumpriu com o que prometeu quando esteve no cargo
06/04/2022
Portal Adesso - Foto: Divulgação/Felipe Dalla Valle

     O deputado estadual Pepe Vargas, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), na Assembleia Legislativa, denunciou o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pelo não pagamento de valores prometidos ao Auxílio Emergencial Gaúcho. A denúncia foi feita durante a sessão plenária desta terça-feira (05). 

     Conforme Vargas, “nesta quarta completa um ano que a Assembleia Legislativa aprovou a Lei 15.604, que criou aquilo que o governo do Estado chamou de Auxílio Emergencial Gaúcho. Era dito à época que seriam investidos R$ 107 milhões para atender mães de famílias pobres, microempresários do Simples Nacional, Microempreendedores Individuais (MEIs) e desempregados dos setores de alojamento, alimentação e eventos, bastante atingidos pelas medidas restritivas no início da pandemia. Um ano após, no entanto, o governo investiu apenas R$ 12.596”, afirmou.

     De acordo com o parlamentar, um ano após a aprovação da lei, o balanço divulgado pela Secretaria de Planejamento mostra que da previsão de 8,1 mil mães-solo que receberiam parcelas de R$ 800, somente 695 foram atendidas; das 19.458 empresas do Simples gaúcho, que receberiam parcelas de R$ 2 mil, nem 6 mil receberam. Dos 58.410 MEIs do setor de alojamento, alimentação e eventos que seriam beneficiados com parcelas de R$ 800 e dos 18.530 desempregados dos setores ninguém recebeu nenhuma parcela. “O governo gastou mais em mídia para fazer propaganda do auxílio emergencial gaúcho do que o ridículo e vergonhoso programa. Senhor Eduardo Leite, o senhor deve respostas. Gastou mais em propaganda do que para atender as pessoas atingidas pela pandemia”, disparou Vargas.

     O apelo do deputado é feito após o secretário de Planejamento já ter sido chamado pela Bancada do PT por diversas vezes e sempre apresentado que logo encontrariam uma solução. Foi proposto pelo Governo, para atender os setores mais afetados pelas restrições de circulação impostas pelo coronavírus – alojamento, alimentação e eventos, além do grupo das mulheres chefes de família extremamente pobres, que tenham ao menos três filhos e pelo menos cinco pessoas na família. 

     A previsão é o repasse de R$ 107 milhões na forma de subsídio a cerca de 104,5 mil beneficiários. “Espero que o governador Ranolfo Vieira Júnior coloque ordem na casa e determine que estes números anunciados sejam cumpridos, até porque eram números extremamente tímidos para um estado como o RS”, finalizou.


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