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Sindicato e Federação dos jornalistas publicam Nota de Repúdio contra a nomeação de Micael Carissimi

Indiciado pela Polícia Federal e Polícia Civil segue no cargo com salário de R$ 14.449
02/06/2023
Portal Adesso - Foto: Reprodução

     Mesmo com repercussão nacional, até agora, o governador Eduardo Leite (PSDB), ainda mantém no cargo o indiciado pela Polícia Civil por ser o mandante do atentado contra o jornalista Daniel Carniel. Micael Carissimi que é apadrinhado político do ex-prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin (MDB), no qual foi secretário de obras e chefe de gabinete, também foi investigado e indiciado pela Polícia Federal por corrupção e por supostamente integrar organização criminosa. Ele  está no cargo de coordenador na Secretaria de Ciência e Tecnologia e Inovação com salário de R$ 14.499. 

     Nesta quinta-feira (01), as principais entidades ligadas ao jornalismo publicaram Nota de Repúdio e cobraram ética do governo gaúcho. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul - SindJoRS, em conjunto com a Federação Nacional de Jornalistas - Fenaj, se manifestaram, assim como a Associação Gaúcha de Imprensa – ARI. 

Veja a Nota do Sindicato e Federação dos Jornalistas

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul - SindJoRS), em conjunto com a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), vem a público manifestar repúdio à nomeação de Micael Carissimi a um cargo no governo do Estado, sendo ele suspeito de atentado violento contra jornalista Daniel Carniel, e indiciado pela Polícia Civil como mandante da agressão ao profissional da comunicação, ocorrida em 14 de janeiro de 2022, na cidade de Garibaldi, serra gaúcha. Pouco mais de um ano depois, o suspeito foi nomeado como coordenador da assessoria de gabinete da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado (SICT).

O SindJoRS abomina qualquer tipo de violência contra jornalistas e, por essa razão, faz parte da Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores, iniciativa encabeçada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19, que age no combate aos ataques e ameaças à liberdade de expressão, por meio da denúncia de casos, de processos de formação e de estratégias. A rede reúne jornalistas e organizações da sociedade civil de todo o Brasil. Salientamos que toda e qualquer denúncia pode ser feita junto ao SindJoRS, em seu site e junto aos canais da Rede de Proteção”.


Manifestação da Associação Gaúcha de Imprensa – ARI


“É com surpresa e decepção que a Associação Riograndense de Imprensa recebe a notícia da nomeação para cargo de assessoria na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado de um cidadão indiciado pela polícia por agressão a jornalista. Ainda que as investigações não tenham sido concluídas, os indícios apontam para a responsabilidade do referido agente político como mandante do ataque a Daniel Carniel, da TV Adesso, de Garibaldi, ocorrido em janeiro do ano passado. A ARI repudia qualquer tipo de hostilidade a profissionais de imprensa e vê como afronta à democracia dar função pública a quem agride a liberdade de expressão.”



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