Fábrica de massas resiste a pandemia, mas após enchente decreta falência
Informações divulgadas nesta sexta-feira (14) dão conta de que a gigante indústria de alimentos conhecida pelas massas, principalmente as de pastel, a Pavioli pediu falência. A empresa estava há alguns anos em recuperação judicial e buscava a reestruturação após impactos da pandemia. Agora, porém, sua fábrica ficou alagada no bairro São Luiz em Canoas, uma das cidades mais atingidas pela enchente gaúcha.
Como uma das dívidas era com o aluguel, o plano era, no início de maio, transferir a produção para Cachoeirinha. Não deu tempo. A água invadiu o local, o imóvel foi retomado na Justiça e os donos da Pavioli não têm acesso para dimensionar o prejuízo com equipamentos, conta Adriana Dusik Angelo, do escritório Crippa Rey Advogados, que assessora a indústria no processo.
O próximo passo é a Justiça aceitar o pedido para transformar a recuperação judicial em falência, com posterior leilão dos ativos. Provavelmente, a marca é o mais valioso deles. O dinheiro é usado para pagar os credores, que, no pedido de recuperação em 2022, somavam R$ 20 milhões.
É possível que a marca Pavioli e até mesmo a receita dos alimentos venham a ser vendidos para um comprador que retome a produção dos alimentos. A empresa começou como uma pequena pastelaria fundada por Adão e Irene Kulpa em 1957, em Pelotas. Em 1968, já em Porto Alegre, eles mudaram o nome da marca e passaram a se chamar Pavioli, que tem origem da união das palavras pastel e ravióli. Em 1983, foram para Canoas.