Um empresário do setor moveleiro, de Bento Gonçalves era o responsável por trazer cocaína do Paraguai e distribuir a droga entre traficantes da Serra gaúcha. O nome do idoso, de 73 anos, preso preventivamente, não foi divulgado. O entorpecente era fornecido, no país vizinho, por Aristides Ayala Elizeche, de 42 anos, narcotraficante procurado pela Interpol, também preso nesta terça. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF).

     De acordo com a investigação, a droga vinha ao Estado junto com insumos plásticos para a indústria do empresário, importados do país vizinho. O volume trazido não foi revelado. Dois irmãos responsáveis pela recepção da droga no Rio Grande do Sul também foram detidos. Eles tinham histórico de aproximadamente duas décadas de atuação no tráfico internacional, segundo a PF. Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão na Serra. 

     Ainda houve prisões em Santa Catarina, além do Paraguai. Duas operações paralelas foram desencadeadas para prender a quadrilha. Na Antares, a PF identificou que os cartéis de fornecimento da droga estão estabelecidos, principalmente, nas zonas de Amambay e Concepcion, no Paraguai. A outra operação, batizada de Monte Alegre, identificou um grupo que agia no fornecimento da cocaína e maconha proveniente do Paraguai distribuída em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Mais de 30 foram presos, informou PF 

     De acordo com um balanço emitido pela PF no fim da tarde, as operações Antares, em Caxias do Sul, e Monte Alegre, em Itajaí (RS) resultaram no cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva e em nove prisões em flagrante por posse/porte de arma de fogo, uso de documento falso e tráfico de entorpecentes. Duas pessoas seguem sendo procuradas. 

     No cumprimento dos mandados de busca foram apreendidos veículos, armas de diversos calibres (inclusive de uso restrito), meio-quilo de cocaína e mais de oito quilos de explosivos, que foram detonados em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha.